Luciana mostra machucados causados pela agressãoReprodução
"Cheguei atrasada porque tive um problema em casa com a minha geladeira, mas avisei para minha diretora. Quando entrei na sala dos professores o outro professor me deu três tapas nas costas e disse: 'chegou cedo para amanhã, hein'. Eu não o respondi e relatei o ocorrido para uma das funcionárias de apoio. Em seguida ele veio com agressões verbais, me jogou na porta, me xingou e me deu um soco", conta Luciana.
Professora da rede estadual de Duque Caxias, na Baixada Fluminense, relata agressão em escola.
— Jornal O Dia (@jornalodia) December 20, 2021
Crédito: Divulgação#ODia pic.twitter.com/3q2ouPPG4c
A professora relata que outros funcionários da escola chegaram e separaram a briga. Ela foi colocada para fora. Mais calma, ela disse que ia chamar a polícia e a coordenadora educacional da escola tentou fazê-la desistir. Foi então que ela começou a registrar tudo pelo celular.
"Ela me disse que eu não chamar ninguém, mas eu afirmei que chamaria polícia porque eu tinha sido agredida. Queriam limpar o sangue causado pelos machucados e me trataram como se eu fosse a culpada. Foi então que eu percebi que tinha que filmar tudo para registrar".
Após a primeira discussão, Luciana voltou à sala dos professores para pegar seus pertences, incluindo sua marmita que esquentava no microondas. Ao entrar na sala, ela afirma ter sido novamente xingada pelo outro professor. Então, a briga recomeçou.
A polícia foi chamada para o local e o caso foi registrado na 59ª DP (Duque de Caxias). "Eu não sei porque isso aconteceu, não fiz nada com ele. Temos contato apenas uma vez por semana. Eu nunca achei que isso ia acontecer comigo. Está difícil, eu não desejo isso pra ninguém", diz a professora, chorando.
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação informou que não compactua com a violência e que está tomando as devidas providências.
Leia nota na íntegra:
"No último dia 17 de dezembro, dois servidores da pasta, lotados na EE Bairro Senhor do Bonfim, em Duque de Caxias, se envolveram em uma briga dentro da unidade. A Polícia Militar foi acionada e ambos foram conduzidos para a delegacia para registro do caso.
A Seeduc informa ainda que não compactua com qualquer tipo de violência e que a corregedoria interna já está tomando as devidas providências, estando ambos suspensos de suas atividades por 30 dias para a apuração dos fatos".
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.