Rio - A Nave do Conhecimento e Museu Cidade Olímpica e Paralímpica estão de portas abertas para receber cariocas e turistas. Nesta segunda-feira, o prefeito Eduardo Paes e o secretário de Ciência e Tecnologia, Willian Coelho, reabriram os equipamentos públicos no Engenho de Dentro, Zona Norte. Localizado ao lado do Estádio Nilton Santos, a Nave conta com ambientes interativos de alta tecnologia e tem por objetivo incentivar a busca por novos conhecimentos voltados para ciência e esportes, dinamizando socialmente as comunidades num espaço que estimula a compreensão sobre novas tecnologias de forma democrática.
"É uma alegria muito grande voltar aqui. O secretário de Ciência e Tecnologia trabalhou ao longo deste ano para que pudéssemos devolver para a cidade um equipamento com a qualidade das Naves do Conhecimento. Estamos devolvendo estes equipamentos que, infelizmente, tinham sido abandonados pela gestão anterior. As Naves do Conhecimento integram os diversos legados deixados para a cidade pelos Jogos Olímpicos Rio 2016", afirmou o prefeito.
Inagurada em junho de 2016, a Nave do Engenhão fechou ao público em 2018 e permaneceu inativa durante a pandemia de Covid-19. Desde o início do ano, a Secretaria de Ciência e Tecnologia realizou vistorias, levantamento patrimonial e da situação estrutural das nove Naves do Conhecimento para nova licitação, reestruturação e gestão de todos os equipamentos. Esta foi a primeira Nave do Conhecimento reaberta, outros oito equipamentos idênticos também serão reativados.
O espaço oferecerá gratuitamente cursos na área de tecnologia, oficinas, palestras e às inovações tecnológicas. As dependências são espaços multiuso e interativos, que possibilitam pesquisas, visitas virtuais e lazer aos frequentadores. O acesso à internet banda larga é gratuito no local, fruto de uma parceria com a operadora Claro.
"Nossa ideia é transformar as naves em polos de capacitação profissional na área de tecnologia. A sociedade vive um momento no qual o desenvolvimento tecnológico é fundamental. A tecnologia tem um papel essencial no crescimento profissional do indivíduo", destacou Willian Coelho.
A primeira Nave do Conhecimento foi inaugurada há nove anos. De junho de 2012, data da inauguração em Santa Cruz, até hoje, um total de nove espaços localizados nas zonas Norte e Oeste da capital fluminense foram entregues: Nova Brasília (Complexo do Alemão), Vila Aliança (Bangu), Padre Miguel, Madureira, Irajá, Penha, Triagem e Engenhão.
Uma das missões do projeto Naves do Conhecimento é implantar na cidade uma rede de unidades que garanta aos cariocas o que existe de mais avançado em termos de cultura digital. O local tem espaço com computadores destinado ao livre acesso à internet com orientação de uma equipe de suporte. Além de uma área infantil dedicada às crianças.
Uma das atrações é a 'Mesa da Comunidade', um mapa digital que pode ser visto através de uma mesa interativa multitoque permitindo ao usuário navegar por sua região e buscar informações divididas em categorias. Outros destaques são a 'Parede do Conhecimento', grande tela interativa que permite acesso aos aplicativos informativos e educacionais e 'Nuvem do Conhecimento',- local onde estão disponíveis os conteúdos de todas as Naves do Conhecimento como, arquivos, programas, serviços, perfis e cursos disponíveis no projeto.
Museu Cidade Olímpica e Paralímpica Além dos diversos cursos e estrutura de aprendizado, a Nave do Engenhão abriga também o Museu Cidade Olímpica e Paralímpica. O espaço tem o esporte como tema principal e conta com ambientes interativos que visam a difundir a história da Olimpíada e da cidade. Exemplares das medalhas dos Jogos Rio 2016, da tocha olímpica e de acessórios que fazem parte da história dos jogos estarão expostos ao público. Seu horário de funcionamento é de terça a sábado, das 9h às 21h; Domingo, das 9h30 às 16h30. E às segundas-feiras e feriados está fechada.
Durante a reabertura da Nave do Conhecimento, a Secretaria Municipal de Ciência e Tecnologia realizou a cerimônia de entrega das premiações para os alunos das equipes que se destacaram na primeira edição da Olimpíada Municipal Estudantil de Ciência e Tecnologia. Alunos da Escola Municipal Olímpica Carioca Nelson Prudêncio, da Ilha do Governador, na Zona Norte, foram os vencedores com o Projeto Sonhar. O objetivo da competição acadêmica foi incentivar os alunos do 9º ano do ensino fundamental da rede municipal a identificarem problemas reais da cidade e desenvolverem soluções baseadas em ciência e tecnologia, durante três dias de uma maratona de criatividade, empreendedorismo e inovação.
Promovida pela Secretaria Municipal de Ciência e Tecnologia, com apoio da Secretaria Municipal de Educação, a disputa aconteceu no formato online, entre os dias 20 e 22 de outubro. Um dos propósitos da Olimpíada foi motivar o ecossistema empreendedor voltado para os jovens estimulando também a criação de startups a partir de desafios expostos nos temas: meio-ambiente, Covid-19 e os impactos na juventude, futuro da educação, direitos humanos, geração de renda e saúde.
Os alunos da Escola Municipal Olímpica Carioca Nelson Prudêncio, da Ilha do Governador, na Zona Norte, primeiros colocados na competição, Com Projeto Sonhar, criaram um aplicativo para auxiliar jovens alunos a opinarem sobre o futuro da educação por meio de um game. A segunda colocação ficou com os alunos da Escola Municipal Sobral Pinto, na Praça Seca, Zona Oeste, com o projeto ClassLine. Eles desenvolveram um aplicativo para suprir as dificuldades que os alunos tiveram com o formato das aulas online por conta da pandemia.
A equipe da Escola Municipal Rose Klabin, de Guadalupe, Zona Norte, foi a terceira colocada com o aplicativo Conectando Suburbanos, que conecta os alunos criando comunidades virtuais para debates e palestras sobre temas diversos. Os critérios de avaliação das soluções apresentadas pelas equipes foram: a sua atratividade, longevidade, potencial, identidade e o quanto a proposta criada pelos alunos impactará em uma comunidade.
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