Matheus Hades NS, neonazista assumido, conversa com policiais no momento de sua prisão, em CampinasReprodução
Vídeo: neonazista confessa a policiais que queria matar pessoas
Filmagem, obtida pelo DIA, foi realizada na quinta-feira, durante operação Bergon, que desarticulou três células extremistas em sete estados
Rio - Um vídeo, feito por policiais civis que participaram da Operação Bergon, mostra um dos alvos da ação confessando o seu propósito ao participar de grupos neonazistas: 'Matar e depois me suicidar'. Morador de Campinas, em São Paulo, ele utilizada o apelido Matheus Hades NS, trabalhava como vigilante e chegou a tentar recrutar jovens para um possível ataque a uma das usinas nucleares de Angra dos Reis.
Ele foi um dos quatro presos na operação, que também cumpriu 31 mandados de busca e apreensão. No sábado, o Ministério Público pediu que sua prisão fosse convertida em preventiva, assim como a de outros dois alvos. "Mensagens e vídeos divulgados (...) demonstram a existência de gravíssimos riscos concretos à ordem pública e à coletividade enquanto estes criminosos estiverem em liberdade, tratando-se da única medida capaz de impedir a consumação de seus planos homicidas, os quais detém potencial de vitimar milhares de pessoas inocentes", diz trecho do pedido. O vídeo foi entregue à Justiça nessa solicitação.
No momento de sua prisão, Matheus conversa com os agentes. Confira o diálogo:
Matheus: É tanta coisa errada no mundo, que eu não aguento mais.
Policial: Mas o que você pensa em fazer?
Matheus: Matar e depois me suicidar
Policial: Você não se importa em machucar outras pessoas que não tem nada a ver com isso?
Matheus: Desde que sejam pessoas de bem, honestas, trabalhadoras. Com o restante, não me preocupo.
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Fora Matheus que, no grupo A Division, levantou a hipótese de um ataque a uma unidade nuclear de Angra dos Reis. Ele chama os brasileiros pelo termo pejorativo 'bostileiros' e diz que quer contaminar todos com radiação.
Procurada, a Eletronuclear, responsável pelas usinas nucleares de Angra dos Reis, afirmou que não há possibilidade de vazamento de radiação. As unidades foram construídas para aguentar explosões de TNT, terremotos e até uma queda direta de avião.
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