Mulher morreu em estacionamento de shopping após procedimento estético. Na foto, fachada do local onde funciona a clínicaReginaldo Pimenta / Agencia O Dia

Rio - A clínica onde a paciente Maria Jandimar Rodrigues, 39, foi submetida a uma hidrolipo e morreu em seguida, não possui licenciamento sanitário para funcionar. Técnicos da Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro estiveram no local na última quarta-feira e constataram que o funcionamento estava ocorrendo de forma irregular. Ao ser questionada, a defesa do médico Brad Alberto Castrillón Sanmiguel disse que pelo fato do seu cliente não ser dono da clínica, ele não tinha conhecimento dessas questões. O responsável pela clínica não foi localizado pelo DIA.
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) abriu sindicância para apurar os fatos. Este procedimento corre em sigilo, "seguindo as normas do Código de Processo Ético-Profissional".
No início das investigações, a clínica de estética havia apresentado à polícia o alvará para que o estabelecimento pudesse fazer o procedimento. A informação da Vigilância Sanitária será anexada às investigações envolvendo o caso na 27ª DP (Vicente de Carvalho). É esperado para os próximos dias a divulgação do resultado do laudo complementar, solicitado pela Polícia Civil, já que o laudo inicial não indicou a causa da morte da paciente Maria Jandimar na última sexta-feira (17).
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Renato Carvalho, o médico Brad Alberto está se mostrando solicito e colaborando com a investigação. Ele entregou na última quarta-feira (22) o passaporte solicitado, já que ele é colombiano e poderia sair a qualquer momento do país.