Enterro de Durval Teófilo Filho, assassinado por oficial da Marinha no Cemitério de São Miguel em São Gonçalo na região metropolitana do Rio, nesta sexta-feira (04).Fabio Costa / Agência O Dia

Rio - Durval Teófilo Filho, de 38 anos, morto a tiros na última quarta-feira (2) pelo próprio vizinho, o militar da Marinha, Aurélio Alves Bezerra, foi enterrado às 16h30 desta sexta-feira (4) no Cemitério Municipal São Miguel, em São Gonçalo, Região Metropolitana da cidade. Amigos e familiares estiveram presentes no local para dar o último adeus ao rapaz.
Muito abalada, a irmã de Durval, Fabiana Teófilo, disse que acredita que a vítima morreu por ser preta. "E se ele não mexe na mochila? Ele mexeu para pegar a chave. Meu irmão ia morrer do mesmo jeito porque ele era preto. Ele [Aurélio] atirou com o vidro fechado. Como alguém faz isso?".
Fabiana também comenta sobre a profissão do assassino: "Eu não sei qual é o critério para virar militar aqui no Brasil. Ele [Aurélio] é um despreparado. Não é a primeira vez que alguém morre assim. Meu irmão era trabalhador".
Sobre tentar Justiça, a irmã de Durval disse que não deixará o criminoso impune: "Eu vou correr muito atrás. Quero que ele fique preso. Ele tem que pagar pelo que fez. Não quero que pague R$ 50 mil de fiança e saia da prisão. Não quero que ele responda em liberdade. Meu irmão não tem mais vida, por que ele vai ter liberdade?", questionou.
*Colaborou Fábio Costa