Anderson Japonês foi preso pela Polícia Civil por comandar um grupo de milicianos em Belford RoxoREPRODUÇÃO DE VÍDEO

Rio - Policiais civis da força-tarefa contra a milícia prenderam na manhã desta terça-feira (15) o miliciano Anderson Japonês, apontado como o mais antigo líder das milícias da Baixada Fluminense. Japonês comanda a 'Milícia do Babi', que atua nos bairros da Igrejinha, Santa Maria, Sargento Roncali, São Vicente, Babi e Pombal, em Belford Roxo.

As investigações para capturar Japonês duraram três meses. O miliciano foi preso durante deslocamento, fugindo do cerco da polícia. Ele foi localizado na Penha, Zona Norte do Rio.
"O Anderson Japonês era o líder da maior milícia da Baixada. Nós já estávamos atrás dele há algum tempo, e nos últimos três meses avançamos na investigação. Ele se escondia em diversas casas, justamente por ter medo da prisão. Nós fomos em cinco locais diferentes e conseguimos prendê-lo em deslocamento. Ele estava de carro e conseguimos persegui-lo", explicou o delegado Mauro César da Silva Júnior, titular da DC-Polinter, em entrevista ao 'RJ1', da TV Globo.
A Polícia Civil aponta que Japonês lidera a milícia da região desde 2002. Seu grupo é conhecido como a 'Milícia do Babi', em referência ao bairro de Belford Roxo. Eles são investigados por vários homicídios, extorsões, subtração de terrenos e parcelamento irregular do solo urbano para fins de construção civil.

Japonês comandava diretamente na circulação do transporte alternativo, na venda de gás e na rede de 'Gatonet', a distribuição ilegal de TV por assinatura. Ele estava foragido desde 2019, quando tevê sua prisão preventiva decretada em dois processos contra o grupo criminoso que comanda. Contra ele foram cumpridos dois mandados de prisão.
A Polícia Civil disponibiliza o telefone da DC-Polinter para denúncias com sigilo absoluto. O Whatsapp é (21) 985 96-70-81.
Polícia Civil prende 24 milicianos durante operação na Muzema e no Itanhangá
A Polícia Civil realizou uma operação, na segunda-feira (14), contra a milícia que atua nas comunidades da Muzema, Tijuquinha e Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio, áreas ocupadas pelo programa Cidade Integrada do Governo do Estado. A ação, com apoio de informações do Disque Denúncia, teve o objetivo de asfixiar as fontes de renda e interromper comércios e serviços ilegais que geram grande lucro e são explorados pela organização criminosa. Ao todo, 24 pessoas foram presas.
Entre os crimes investigados, estão exploração de atividades ilegais; cobranças irregulares de taxas de segurança e de moradia; instalações de centrais clandestinas de TV a cabo e de internet, conhecidas como gatonet e gatointernet; armazenamento e comércio irregular de botijões de gás e água; empresas de GNV ilegais; parcelamento irregular de solo urbano; exploração e construções irregulares; areais e outros crimes ambientais; comercialização de produtos falsificados; contrabando; descaminho; transporte alternativo irregular; e estabelecimentos comerciais explorados pela milícia e utilizados para lavagem de dinheiro.