Milênia chegou a ser socorrida, mas já chegou no hospital sem vidaReprodução/Redes Sociais

Rio - O homem acusado de mata a namorada nesta segunda-feira, na Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio, se entregou à polícia, no mesmo dia, por medo de ser executado pelo tráfico da região. A informação foi confirmada pelo delegado da 16ª DP (Barra da Tijuca), Leonardo Salgado, ao 'Bom Dia Rio', da TV Globo.
De acordo com o titular da distrital, o acusado procurou a delegacia dizendo que era foragido da Justiça, desde 2018, pelo crime de tráfico de drogas, mas não disse nada sobre o assassinato da jovem no primeiro momento. Após depoimento, o rapaz confessou que havia discutido e atirado na namorada após um baile na Cidade de Deus.
"Sabendo que no tráfico de drogas, é comum nesse tipo de caso fazer justiça com as próprias mãos, temendo ser executado pelo tráfico, ele se entregou à polícia pelo fato de estar foragido de outro crime, por tráfico de drogas. Mas não falou na delegacia que havia sido autor também desse feminicídio. Eu dei a voz de prisão em flagrante. E ele está preso agora também pelo crime de feminicídio", afirmou Salgado.
Nas redes sociais, a afilhada da jovem, muito abalada, lamentou o ocorrido. "Diz que isso tudo é mentira, minha comadre. Eu te amo tanto, não acredito nisso", escreveu.
Ainda em entrevista ao 'Bom Dia Rio', a mãe da jovem revelou que o casal costumava brigar muito e que o homem costumava ser agressivo com sua filha. "Eles brigavam muito, demais. E eu falava para ela largar ele. Mas ela não me ouvia, sempre desobedecendo as ordens. Mas infelizmente ela não está mais entre a gente, mas a justiça vai ser feita", disse a mãe, Ozinete Rocha.
Entenda o caso
De acordo com a Polícia Civil, em depoimento, Luiz confessou que havia ido com a vítima a um baile funk na Cidade de Deus, onde conheceu uma outra mulher e a convidou para ir a sua casa. A companheira, que havia sido deixada no baile, voltou para casa e encontrou os dois, o que gerou uma discussão. Devido a briga, o criminoso matou Milênia, cobriu seu corpo com um saco preto e o jogou em uma vala.
Logo em seguida, ele entrou em contato com a irmã da vítima para informar o ocorrido. Foi ela quem levou a vítima para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. No entanto, Milênia já chegou morta na unidade de saúde.