Gabriel Monteiro fiscaliza pátio da Prefeitura do Rio em São Cristóvão, na Zona NorteReprodução de vídeo

Rio - A Prefeitura do Rio rescindiu o contrato com a empresa J.Salazar, responsável pela administração dos pátios e dos reboques da cidade, após dono da empresa ter sido acusado de tentativa de suborno, nesta quarta-feira. A denúncia foi feita pelo vereador Gabriel Monteiro (PSD) que afirmou ter recebido uma visita em sua casa de Jailson dos Santos Salazar, dono da empresa, e de dois policiais militares, que foram exonerados após o ocorrido.

Segundo o vereador, o trio teria ido até a sua casa para oferecer dinheiro em troca da paralisação das vistorias que vinham sendo feitas pelo parlamentar e sua equipe nas instalações administradas pela empresa.

Salazar e os PMs, Renan Bastos de Brito e Djalma dos Santos Araujo, ofereceram R$ 200 mil a Monteiro para que ele virasse "parceiro" deles e interrompesse as fiscalizações feitas nos pátios da Prefeitura do Rio. Os locais recebem carros rebocados pela prefeitura.
"O motivo do rompimento unilateral foi o registro de ocorrência apresentado em sede policial, na 16ª DP (Barra da Tijuca). A SEOP destaca já está tomando todas as medidas cabíveis para restabelecer, o mais rápido possível, a operação normal de reboques na cidade. A retirada de veículos rebocados previamente permanece inalterada", disse a Secretaria de Ordem Pública.
PMs exonerados
De acordo com o Governo do Estado, Djalma dos Santos Araújo e soldado Jonatas Olímpio Norberto, ambos lotados na Operação Lei Seca, e o tenente Renan Bastos de Brito, da Operação Segurança Presente, que estavam cedidos à Secretaria de Estado de Governo, foram exonerados após denúncia realizada pelo vereador Gabriel Monteiro.
Com a exoneração, os PMs voltam para a Secretaria de Estado de Polícia Militar e serão alvos de um Inquérito Policial Militar movido pela corregedoria da corporação para investigar a conduta dos militares na denúncia feita pelo vereador.
Em entrevista ao G1, Monteiro contou que durante fiscalização ao pátio da prefeitura localizado em São Cristóvão, na Zona Norte, responsáveis pelo local já haviam o procurado com ameaças pedindo para que ele interrompesse a fiscalização. No local, ele encontrou diversas irregularidade, entre elas a falta de peças em carros apreendidos.