Pedro Henrique tinha 18 anos e passou mal em quartel na TijucaArquivo Pessoal

Rio - O taxista Flávio Roberto dos Santos, pai do soldado do Exército Brasileiro, Pedro Henrique Pereira dos Santos, de 18 anos, que morreu na madrugada desta sexta-feira (11) após um treinamento no quartel do 1º Batalhão de Polícia do Exército (PE), na Tijuca, Zona Norte do Rio, disse que irá lutar para saber o que de fato aconteceu com o filho.
"O Pedro nunca teve nada, nada, nada. Ele sempre foi um garoto saudável, quieto, na dele. Quando ele decidiu que queria entrar para o Exército, começou a fazer exercício físico, fazia flexões, malhava. É muito triste isso".
Ainda segundo Flávio, antes do soldado morrer, ele chegou a perguntar para um dos médicos que atendeu seu filho o porquê do jovem estar visivelmente desidratado. "Por causa do calor eu perguntei sobre isso, se meu filho estava bebendo água, me disseram que ele teve insuficiência renal e que teria que fazer hemodiálise. O Pedro nunca teve problema nos rins. Eu perguntei se podia ser por falta de água e não me responderam".
Ao falar sobre o treinamento relativamente pesado que o filho fazia dentro do Exército, o taxista contou o que ouviu do jovem dias antes do incidente: "Ele me disse que uma vez eles (soldados) ficaram por horas sentados no chão abraçando a própria perna. Eu acho um absurdo isso acontecer num calor desse".
Por fim, Flávio diz que irá lutar para saber a verdade sobre o caso. "Eu dei meu filho para eles. Quero que me digam o que aconteceu. Essa é uma dor que eu não desejo para pai nenhum".
Ainda não há informações sobre a data e o local do enterro de Pedro.