Armamento chegava ao Rio pelo aeroporto Santos Dumont e Buika vendia para facçõesReprodução TV Globo

Rio - Um taxista foi preso por policiais civis, na manhã desta sexta-feira, acusado de usar o carro para levar armas para comunidades do Rio. Bruno Amaral Guedes de Souza, conhecido como Bruno Buika, trazia armas vindas do Paraguai para revendê-las no Rio, abastecendo facções criminosas. Ele foi preso em casa, em Bangu, na Zona Oeste.

De acordo com os investigadores, Bruno usava o táxi como disfarce para passar sem chamar a atenção por policiais. Ele tinha anotações por dano e estelionato, por isso apostava no rótulo de taxista para conseguir vender fuzis, pistolas e munições para quadrilhas do Rio.
Armamento chegava ao Rio pelo aeroporto Santos Dumont e Buika vendia para facções - Reprodução TV Globo
Armamento chegava ao Rio pelo aeroporto Santos Dumont e Buika vendia para facçõesReprodução TV Globo


Agentes apuraram que ele trazia pelo menos dois fuzis por semana, sendo alguns de Sâo Paulo e outros diretamente do Paraguai. Na casa de Bruno, agentes encontraram munições de fuzis.

As investigações que levaram a prisão de Bruno começaram há pouco mais de dois meses, após o início do Programa Cidade Integrada. Ele era um dos principais fornecedores de armamento da favela do Jacarezinho, onde o programa ocupa a comunidade.

Em conversas de Bruno recuperadas pelos policiais, ele parecia sempre se gabar do material que vendia: "Olha a firma aí. Bota a cara para 'tu' ver", disse em gravação.

Outra conversa recuperada trazia o diálogo dele com um possível "cliente" que pedia informações sobre a venda de munição. "Vai chegar sim, mas já tem dono. Vão chegar 70 caixas de 62 [munição para fuzil calibre 7,62] e 50 de 5,56 [outro calibre]. Mas já tem tudo dono. Só se der ruim, se alguém desistir, e acontecer alguma coisa de errado", comentou Buika. Os áudios foram divulgados na edição desta sexta-feira, no RJ1, da TV Globo.