Armamento chegava ao Rio pelo aeroporto Santos Dumont e Buika vendia para facçõesReprodução TV Globo
De acordo com os investigadores, Bruno usava o táxi como disfarce para passar sem chamar a atenção por policiais. Ele tinha anotações por dano e estelionato, por isso apostava no rótulo de taxista para conseguir vender fuzis, pistolas e munições para quadrilhas do Rio.
Agentes apuraram que ele trazia pelo menos dois fuzis por semana, sendo alguns de Sâo Paulo e outros diretamente do Paraguai. Na casa de Bruno, agentes encontraram munições de fuzis.
As investigações que levaram a prisão de Bruno começaram há pouco mais de dois meses, após o início do Programa Cidade Integrada. Ele era um dos principais fornecedores de armamento da favela do Jacarezinho, onde o programa ocupa a comunidade.
Em conversas de Bruno recuperadas pelos policiais, ele parecia sempre se gabar do material que vendia: "Olha a firma aí. Bota a cara para 'tu' ver", disse em gravação.
Outra conversa recuperada trazia o diálogo dele com um possível "cliente" que pedia informações sobre a venda de munição. "Vai chegar sim, mas já tem dono. Vão chegar 70 caixas de 62 [munição para fuzil calibre 7,62] e 50 de 5,56 [outro calibre]. Mas já tem tudo dono. Só se der ruim, se alguém desistir, e acontecer alguma coisa de errado", comentou Buika. Os áudios foram divulgados na edição desta sexta-feira, no RJ1, da TV Globo.
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