Mulher é presa na Zona Sul por ameaças e extorsão à vítima que não teria pago quantia cobrada por atendimento espiritualFoto: Divulgação / Polícia Civil RJ

Rio - Uma mulher identificada como Diana Rosa Aparecida Stanesco Vuletic foi presa em flagrante, nesta quarta-feira (30), em Copacabana, na Zona Sul do Rio. A ocorrência foi registrada na 13ª Delegacia de Polícia Civil de Ipanema, também na Zona Sul. Diana Rosa teria abordado uma vítima que caminhava pelo bairro de Ipanema que depois de uma breve conversa teria sido atraída para uma consulta espiritual, que seria gratuita.

Mas, segundo a polícia, não foi bem isso que aconteceu. A vítima teria concordado em ir até o local de consulta, numa sala que fica num edifício localizado na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, também na Zona Sul, com a promessa do atendimento sem cobranças. No entanto, já na sala de atendimento de Diana, a vidente teria cobrado a quantia de R$ 4.300. O pretexto seria o de fazer uma "cirurgia espiritual". A vítima alegou que só poderia pagar, no momento, R$ 1 mil, que era a quantia que teria em sua conta, e transferiu o valor para Diana através de Pix. Como a vítima recusou pagar a quantia total, Diana teria dado início às ameaças.

De acordo com informações da 13ª DP, a falsa vidente continuava insistindo que todo o valor deveria ser pago, caso o contrário, a vítima viria a ser hospitalizada num espaço de tempo de seis meses.

Segundo a Civil, as constantes ameaças continuaram no dia seguinte. Para pressionar a vítima para receber os R$ 3.300 restantes para concluir o "ritual", Diana enviou um vídeo em que mostrava uma menina no hospital vomitando sangue. Segundo ela, esse estado de saúde foi causado pela "carga espiritual" vinda da maldição e pela demora em concluir o trabalho, e que se a vítima não pagasse, esse mal seria transferido de volta a ela.
Após muita insistência, Diana chegou a afirmar que seria possível dar um desconto de 15%, fazendo diversas ligações telefônicas. O valor, no entanto, aumentou e agora era cobrado R$ 4 mil. Em desespero, a vítima contou o que aconteceu a seu chefe, no trabalho, e então procurou a delegacia em Ipanema para registrar o caso.

Na ficha corrida de Diana há anotações por diversos crimes, entre eles, outros casos de extorsão, de falsidade ideológica e injúria por preconceito.