Operação conta com duas pás carregadeiras, um trator esteira e outros dois com carretinha, além de caminhões basculantes. Divulgação

Rio - A Comlurb retirou, até a tarde deste sábado, dia 23, 537 toneladas de gigogas que tomaram conta da Praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Conforme divulgado pela companhia, 35 garis estão atuando em dois turnos entre o Quebra-Mar e o Posto 1. A operação ocorre devido o rompimento de uma ecobarreira que se rompeu há cerca de uma semana na lagoa da Barra, o que facilitou a proliferação das plantas.

Para a remoção das gigogas, a Comlurb utilizou duas pás carregadeiras, um trator esteira e outros dois com carretinha, além de caminhões basculantes. Segundo a companhia, a operação deve ocorrer até a remoção completa de todas as gigogas que chegam às areias das praias, porém, não são de sua atribuição a limpeza da lagoa.

Entenda o caso

Na última terça-feira, dia 19, a praia da Barra amanheceu repleta de lixo e gigogas, planta que se prolifera em meio a águas poluídas. A causa do problema foi o rompimento de uma ecobarreira no Itanhangá, na Lagoa da Tijuca. O aumento de poluição nas lagoas também contribuiu para o aumento da proliferação dessa espécie.

As gigogas são plantas aquáticas naturais da Baixada de Jacarepaguá que se proliferam em águas contaminadas. O aparecimento dessa vegetação costuma ser o primeiro indício do aumento da poluição nas águas da região. Por se tratar de uma espécie flutuante, as gigogas formam um tapete sobre as águas, diminuindo o nível de oxigenação e afetando a vida dos peixes no local.
De acordo com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), responsável pelo gerenciamento das lagoas e pela ecobarreira do Itanhangá, a estrutura foi danificada de maneira proposital, mas ainda não há informação de quem a teria cortado em várias partes. O instituto informou que uma equipe foi enviada para trabalhar na recomposição da estrutura danificada.