Aurélio Alves Bezerra, militar da Marinha, vira réu por homicídio doloso por matar o vizinho Durval FilhoDivulgação

Rio - A juíza Juliana Grillo El-Jaick, responsável pela audiência de Instrução e Julgamento do caso do assassinato de Durval Teófilo Filho, decidiu manter, na noite desta segunda-feira, a prisão preventiva do sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra, autor do disparo que matou Durval, no dia 2 de fevereiro. Os dois eram vizinhos num condomínio em São Gonçalo, na Região Metropolitana, onde aconteceu o crime.
Aurélio teria confundido o vizinho com um ladrão e atirou. Para Luziane Teófilo, viúva da vítima, o caso se tratou de racismo. Durval era negro e a família acredita que o racismo motivou a atitude de Aurélio, que atirou três vezes na vítima alegando que se defendeu por achar que seria assaltado. “Estou muito feliz pelo resultado de hoje, mas vou continuar lutando com todas as forças do mundo que Deus está me dando porque ele vai pagar. Eu não vou desistir de lutar por Justiça pelo meu marido", disse Luziane, no Fórum Regional de Alcântara Patrícia Acioli, em São Gonçalo, onde aconteceu a audiência.
Para Luiz Carlos Aguiar Medeiros, advogado da família de Durval, a decisão foi correta e estão todos satisfeitos com o resultado da audiência: “Foi importantíssima a manutenção dessa prisão preventiva de Aurélio. É um perigo uma pessoa com essa solta. Ele diz que achou que fosse ser assaltado, que o lugar é muito violento e que não conseguiu ver a cor da pele da pessoa, por isso a questão do racismo não se justifica, mas ele cai em contradição. São Gonçalo pode ser um lugar violento como é todo lugar, mas de 2004 pra cá, o índice de violência caiu em 35%. Que venham os próximos passos e que ele permaneça preso, como tem que estar".