Diego foi preso em flagrante, após denúncia de venda irregular de joiasReprodução
Segundo as investigações, o golpe aplicado por eles consiste na compra de dados bancários pela deep web - área da internet que não pode ser detectada facilmente pelas tradicionais ferramentas de busca - e com as informações, geravam links de pagamento falsos em que o dinheiro era destinado para contas de "laranjas" da quadrilha. Os criminosos receberam diversas transferências de R$ 100 mil, R$ 80 mil e R$ 30 mil, além de outros valores.
Com o dinheiro nas contas, eles realizam outras transações bancárias de pequena quantia, para dificultar o rastreamento, além da compra de artigos de luxo, carros, motos, Jet Skis e viagens. As investigações descobriram ainda que Diego e William haviam alugado dois apartamentos por temporada na Barra da Tijuca. Em um dos imóveis, os policiais encontraram Angélica e Fernanda, que também são de Santa Catarina.
Apesar de saberem e serem beneficiadas pelo dinheiro dos golpes, elas não tinham participação ativa no crime. Nas redes sociais, Angélica costuma compartilhar fotos de viagens, restaurantes, passeios de barco e em shows de cantores como Kevinho e MC Mirela. Em um dos apartamentos, foram encontrados R$4,6 mil em espécie, dez celulares, um carro Audi Q3, avaliado em mais de R$ 240 mil, além de uma pistola 9 mm raspada, kit rajada, dois carregadores e 34 munições.
As duas mulheres também foram levadas para a delegacia, onde o caso foi registrado. Os quatro presos vão responder por estelionato, associação criminosa, corrupção ativa e posse de arma de fogo de uso restrito. Angélica, Diego, Fernanda e William foram encaminhados para o presídio José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte, onde vão ficar à disposição da Justiça.
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