Policiamento reforçado na rua que dá acesso ao morro dos Macacos, em Vila IsabelMarcos Porto / Agência O Dia

Rio - O policiamento segue sendo reforçado no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, na Zona Norte, após mais de uma semana seguida de guerra entre traficantes de facções rivais. Ainda não houve registro de ocorrência nesta quinta-feira (19). Sete escolas voltaram a funcionar com aulas presenciais.

A comunidade é comandada pelo Terceiro Comando Puro (TCP) e criminosos integrantes do Comando Vermelho (CV) do Morro São João, no Engenho Novo, tentam retomar o poder do tráfico de drogas.
Nesta quinta, duas escolas permanecem fechadas, entre as nove que estavam sem funcionar desde a última sexta-feira, por conta dos conflitos na região. As unidades estão realizando as atividades de forma remota. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, em parceria com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, o Programa Acesso Mais Seguro foi instituído em unidades localizadas em áreas de conflito. O programa tem como objetivo mitigar riscos por meio de protocolos que são aplicados por professores, alunos e toda a comunidade escolar em situações de risco.

Já a Clínica da Família Recanto do Trovador e o posto de saúde Maria Augusta Estrella, que atuam na comunidade, já retomaram os atendimentos e estão funcionando normalmente.

A Polícia Militar informou que o Morro dos Macacos segue com o policiamento reforçado em toda a extensão. Também há reforço policial na comunidade do São João. Além disso, equipes da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), do 6º BPM (Tijuca) e do 3º BPM (Méier) estão nos acessos às comunidades e intensificam as abordagens a pessoas e veículos. Homens do Comando de Operações Especiais (COE) fazem ações pontuais, inclusive na área de mata que interliga as favelas.

Segundo a PM, desde setembro do ano passado, as UPPs Macacos e São João prenderam mais de 50 pessoas em operações e policiamento diário. Também foram apreendidas 13 armas de fogo. Além de realizarem ações em flagrante, os policiais realizam o mapeamento das comunidades e atuam atentos à movimentação articulada dos criminosos locais, colhendo informações importantes para o trabalho integrado com as delegacias da região.