Secretaria de Ordem Pública demoliu o ferro-velho clandestino na Praça da BandeiraSandro Vox / Agência O Dia

Rio - A Secretaria de Ordem Pública (Seop) realizou nesta segunda-feira (23), a demolição do ferro-velho clandestino de Lourival Ferreira de Lima, um dos quatro presos pelo assassinato do perito da Polícia Civil Renato Couto, na Praça da Bandeira, Zona Norte do Rio. No local foram destruídos três contêineres que funcionavam como área administrativa do estabelecimento, além de um grande portão de ferro, que cercava o ferro-velho. De acordo com o secretário da Seop, Brenno Carnevale, o local tinha sido interditado em janeiro, mas foi reaberto de forma irregular.
"Já foi feita uma limpeza interna nele pela Comlurb e hoje a gente faz uma operação para demolir as estruturas irregulares. Só em 2022, foram três toneladas de material de cobre recuperados pela prefeitura, que estavam em ferros-velhos clandestinos funcionando de forma ilegal. A gente vai continuar fazendo esse combate à furtos, vandalismo e a depredação do patrimônio público, tendo em vista que nesses ferros-velhos costumamos recuperar tampa de bueiro, papeleira da Comlurb, fio queimado. A gente não vai recuar nessa luta para um Rio de Janeiro mais seguro e mais ordenado", disse o secretário.
A ação contou com o apoio de outros órgãos como: Secretaria de Conservação, Guarda Municipal, Light, Águas do Rio, Comlurb e policiais da 18ª DP (Praça da Bandeira), unidade que investiga o caso. 
Nos dia 17 e 18 deste mês, agentes da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) atuaram no ferro-velho para retirar materiais do local. Duranta a ação, foram encontradas fardas de fuzileiros navais, estátuas de santos católicos, caixas de som, botijão de gás e outros produtos. Além disso, uma kombi e um caminhão foram rebocados.
Prisão
No último dia 19, o juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira, da 3ª Vara Criminal da Capital, recebeu a denúncia do Ministério Público na ação penal contra os sargentos Manoel Vitor Silva Soares e Bruno Santos de Lima, o cabo Daris Fidelis Motta e o pai do sargento Bruno, Lourival Ferreira de Lima. Os quatro são acusados pela morte do perito, executado a tiros no último dia 13, em um ferro-velho explorado por Lourival e Bruno.
De acordo com a denúncia, o militar Bruno Santos de Lima atirou no policial, na Praça da Bandeira, e contou com a ajuda dos também militares Daris Fidélis Motta e Manoel Vítor da Silva Soares, além do seu próprio pai, Lourival Ferreira de Lima. O perito foi colocado pelo trio dentro de uma van da Marinha e jogado do alto de uma ponte no Rio Guandu.
O pai de Bruno também foi denunciado por fraude processual. Segundo a denúncia, ele recolheu os estojos dos disparos feitos pelo filho, com o intuito de atrapalhar a perícia criminal.