Lívia Maciel levou a filha Maria Clara para receber a dose de reforço na Policlínica José ParanhosMarcos Porto/Agência O Dia
O painel mostra ainda que há 30 pessoas internadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na rede pública e outras sete aguardando vaga. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do Rio informou que segue monitorando a situação epidemiológica da capital que, até o momento, segue na classificação de baixo nível comunitário do novo coronavírus, estando sob controle e estável.
Dados do 2º Panorama da Covid-19, divulgado nesta sexta-feira (27) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), apontam que a variação ocorreu em todo o estado, nas taxas de positividade dos exames de antígeno e de RT-PCR, no número de atendimentos em Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e nas solicitações de leito. Entretanto, o cenário fluminense da doença permanece de estabilidade.
O relatório compara as semanas de 8 a 14 de maio, com a de 15 a 21 do mesmo mês. Enquanto a taxa de positividade dos exames RT-PCR, feito em sua maioria em pacientes internados, tiveram queda, passando de 20,4% na média móvel da primeira semana, para 15% na seguinte, os números cresceram nos testes de antígeno. Nos primeiros dias observados, a média era de 15,6% e aumentou para 18,4%. Os dados incluem testes realizados em farmácias e unidades de saúde públicas e privadas do estado do Rio.
Os atendimentos médicos por SRAG nas UPAs também aumentaram 9%, mas ainda configuram estabilidade. Entre 8 e 14 de maio, foram, em média, 344 atendimentos diários de pacientes com a doença, sendo 221 pediátricos. Já na semana dos dias 15 a 21, a procura por assistência por conta da síndrome foi de 374, dos quais 237 foram para crianças. No último período analisado, a média diária de solicitações por leito de covid-19 foi de três, tanto para Unidade de Terapia Intensiva (UTI), quanto para enfermaria. Na mesma semana, a média diária de pessoas aguardando leito foi de duas para UTI e três para enfermaria.
"Observamos que os atendimentos pediátricos representam o dobro dos atendimentos de adultos por síndrome gripal. Isso se deve a fatores como a sazonalidade, já que nesta época do ano, com a queda da temperatura, a maior causa das internações nas crianças é a bronquiolite", afirmou o secretário de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe.
Nesta segunda-feira (30), a cidade do Rio começou a aplicar a dose de reforço em adolescentes de 12 a 17 anos. O grupo será imunizado com as vacinas da Pfizer ou da CoronaVac, de acordo com a disponibilidade, após um intervalo de pelo menos quatro meses da segunda dose. Na manhã de hoje, a procura pela vacina foi baixa na Policlínica José Paranhos, na Penha, na Zona Norte do Rio. O estudante Caio Quites de Mattos, de 17 anos, que esteve no local, celebrou a inclusão da sua faixa etária na dose de reforço.
"Eu, sinceramente, adorei, achei que só tomaria a dose de reforço depois de fazer 18 anos, mas é um alívio receber com adiantamento, para a proteção contra o vírus. Eu venho tomar a vacina sempre no primeiro dia após a notificação da liberação, desde a primeira dose. Então, é um compromisso que eu tenho em relação às vacinas (...) A vacina salva vidas, criar consciência disso pode ser um grande avanço para o fim desse período de pandemia, então se vacinem o mais cedo o possível", afirmou o adolescente.
Junto com a avó, Rosa Martins, o adolescente Enzo Martins, de 14 anos, esteve nesta segunda unidade de saúde e se imunizou. Para a mãe, a gerente de projetos Fernanda Martins, de 38 anos, que não pôde acompanhar o filho, a vacinação é um ato de amor ao próximo. "Achamos muito importante a vacinação. Havíamos ido no sábado aplicar a dose de reforço, mas não havíamos conseguido devido a falta de vacina aplicável a esse grupo. Se todos queremos e necessitamos voltar a normalidade, precisamos nos vacinar para tal. A vacina salva vidas, é um ato de amor ao próximo", declarou a gerente.
Para a técnica em telecomunicações Lívia Maciel, 48, a vacinação da filha Maria Clara Maciel, 13, foi indispensável, porque a menina tem bronquite asmática. "Gera a sensação de proteção, mas só sensação, porque mesmo com a primeira dose da vacina, ele teve covid, porém os sintomas foram bem superficiais. A covid continua entre nós e o maior interessado em não se contaminar somos nós, por isso temos que continuar nos prevenindo", disse Lívia.
"Fiquei muito feliz em meu filho ter tido a oportunidade de ser vacinado com a dose de reforço. Me sinto mais segura em relação a ele poder frequentar a escola. Sempre tivemos todos os cuidados possíveis e ele não teve covid. Na minha casa todos estão vacinados. Eu e meu esposo com quatro doses, minha filha tem 19 anos, estudante universitária, também já tomou a 3° dose, e hoje meu filho teve o prazer de ser vacinado."
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