Com aumento de casos, Rio vai ampliar postos de testagemMarcos Porto/Agência O Dia
De acordo com o Painel Rio COVID-19, da prefeitura, 87,9% da população total cariocas recebeu duas doses de imunizante, 66% dos maiores de 18 anos receberam a primeira dose de reforço e 14% dos adolescentes também receberam a terceira dose. Já a segunda dose de reforço contemplou 46,1% das pessoas com 60 anos ou mais.
Postos têm alta procura por vacinas e testes
As unidades de Atenção Primária do Rio registraram alta procura dos cariocas nesta terça-feira. Na Policlínica Hélio Pellegrino, na Praça da Bandeira, Zona Norte, grandes filas se formaram na busca por testes e vacinas contra a covid-19 e a gripe. Hoje, a cidade passou a aplicar a segunda dose de reforço em adultos com 50 anos ou mais. O grupo, que tem a maior adesão da terceira dose, com 76% contemplado, também se mostrou presente no início da nova fase da campanha.
Para o músico Glauco Carvalho, de 57 anos, que esteve na policlínica na manhã desta sexta para receber o segundo reforço, a vacinação para todas as faixas etárias é a única maneira de minimizar os impactos da covid-19. Ele teme que a redução das medidas de proteção tenha feito a população acreditar que o vírus não circula mais.
"Entendo que o governo deveria estar liberando a dose para todas as idades. Estamos em uma falsa ideia de liberdade quanto às questões ligadas a um vírus que não sairá de circulação no planeta. A vacina deveria alcançar a todos em todas as idades. O governo tem obrigação de nos vacinar constantemente, pois é a única forma de minimizar os efeitos do vírus. (...) O Brasil sempre foi exemplo de campanhas de vacinação. Importaram uma ideia absurda que a vacina mata. Nunca existiu essa mentalidade no país", afirmou o músico.
Há também quem aproveitou a ida à unidade para atualizar a caderneta de vacinação. O professor de Educação Física Hugo Leite, 50, além de receber a quarta dose contra o novo coronavírus, se imunizou contra a gripe. "A da Influenza eu estava atrasado. Já poderia ter tomado no início de maio, mas às vezes a garganta falha um pouco e fico receoso de tomar. Já a da covid, tomei todas assim que meu grupo teve acesso. Realmente bate a sensação de proteção e também fico mais à vontade de conviver com os idosos da família", disse o professor.
O administrador Roberto Ferreira, de 55 anos, que também recebeu a segunda dose de reforço e a vacina contra a gripe, destacou a importância de tomar todas os imunizantes necessárias para se proteger de doenças. "É como a vacina da gripe, que nós tomamos todo ano ou como quando a gente é criança, que toma a Tríplice, a BCG, para ficarmos imunes às doenças. Então, essa é mais uma. É para o meu bem? Então eu vou tomar vacina. Graças a Deus, eu não peguei covid e eu tenho uma mãe de 82 anos que também não pegou e está toda imunizada. Então, eu falo para todo mundo: vacinem-se, é a melhor coisa que tem."
Neste sábado (4), será realizado o Dia D de vacinação contra a gripe na cidade do Rio. O imunizante será disponibilizado para toda a população carioca, a partir dos seis meses de idade. Antes, a vacina era aplicada somente nos grupos prioritários. A decisão vem na esteira da baixa adesão, já que menos de 50% do público-alvo se vacinou.
A imunização ficará disponível até o fim do estoque, que tem cerca de 1 milhão de doses. Além disso, o Dia D também vai aplicar vacinas contra a covid-19, para todos os grupos aptos a receber qualquer uma das quatro doses, e contra o sarampo para crianças de seis meses a quatro anos. As unidades que vão aplicar as doses podem ser consultadas no site da Secretaria Municipal de Saúde.
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