Integrantes do Conselho temem estarem sendo espionados pelo vereadorSandro Vox / Agência O Dia

Rio - Parlamentares do Conselho de Ética envolvidos no processo contra o vereador Gabriel Monteiro (PL) pediram à Mesa Diretora da Câmara do Rio que seja realizada uma varredura de escutas em seus gabinetes e em seus aparelhos celulares. Os integrantes acreditam na possibilidade de estarem sendo espionados pelo ex-policial militar, que é acusado de abuso e assédio sexual e estupro, podendo ter seu mandato cassado. Dos sete membros, seis solicitaram ainda o uso de carros blindados para reforçar a própria segurança. 
A suspeita dos vereadores sobre a presença de escutas surgiu depois dos depoimentos dos ex-assessores Heitor Nazaré Neto e Vinícius Hayden Witeze, no último dia 25. Nas oitivas, ambos afirmaram que Monteiro mandava os assessores investigarem a vida dos colegas parlamentares. Witeze morreu em um acidente de trânsito na noite de sábado (28), na estrada RJ-130, que liga Teresópolis a Nova Friburgo, na Região Serrana. Um dia antes de morrer, ele pediu um segurança à vereadora Teresa Bergher, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara.
O depoimento do empresário Rafael Sorrilha estava previsto para hoje, mas a testemunha não apareceu. A oitiva foi remarcada para a próxima terça-feira (7). Além do empresário, serão ouvidos Rafael Murmura Ângelo, Bruno Novaes Assumpção e Leandro Lima, e na quinta-feira (9), Miqueias da Silva Felix Arsênio e Pablo Batista Foligno.
"O Conselho de Ética pediu uma varredura no gabinete de cada membro do Conselho e, também, uma varredura nos nossos celulares particulares. A gente recebe algumas ameaças, não da equipe do vereador Gabriel Monteiro, mas de seguidores, que a gente está levantando se é fake, se é robô ou se eles existem. Então, mediante a essas ameaças, a gente acha pertinente e importante fazer essa varredura. É uma questão de precaução", declarou Isquierdo.