Rio - O primeiro paciente infectado com a varíola dos macacos no Rio permanece em recuperação, apresentando apenas sintomas leves. A informação foi confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) nesta sexta-feira (17).
Ainda de acordo com a Secretaria, os cinco contactantes monitorados pelo órgão não apresentaram sintomas da doença. Até no momento, não há outros casos suspeitos na capital nem no estado.
No último dia 11, um homem de 38 anos, residente em Londres, chegou ao Brasil e procurou atendimento médico no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) no dia seguinte da sua chegada. De acordo com a SMS, amostras clínicas foram encaminhadas ao Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), referência nacional, e o resultado positivo para a doença foi liberado na última terça-feira (14).
O paciente segue em isolamento domiciliar e sob o monitoramento da Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS-Rio). A Superintendência de Vigilância em Saúde mantém vigilância ativa para detecção oportuna de casos da doença no município do Rio.
Em nota, na ocasião, a Fiocruz salientou que o caso não é autóctone, ou seja, a transmissão da doença não ocorreu no Brasil, e que assim que o resultado foi confirmado, as autoridades sanitárias foram comunicadas.
No início desta semana, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) do Rio havia informado que um outro caso suspeito, dessa vez em Macaé, no norte fluminense, tinha dado negativo, ou seja, não era varíola dos macacos.
O paciente, um homem de 43 anos, realizou os exames complementares preconizados pelo Ministério da Saúde (MS) e o caso foi descartado.
No Brasil, o primeiro caso de varíola dos macacos foi confirmado na cidade de São Paulo, no dia 8 de junho. O paciente, um homem de 41 anos que chegou de viagem da Espanha, foi colocado em isolamento no Instituto de Infectologia Emílio Ribas.
A doença
A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo, íntimo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. Esse contato pode ser, por exemplo, um abraço, beijo, massagens, relações sexuais ou secreções e mucos da pessoa infectada.
Os sintomas iniciais costumam ser febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, gânglios (linfonodos) inchados, calafrios e exaustão. Em geral, entre 1 a 3 dias após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.
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