Ônibus do Rio sofrem com a alta do dieselKatito Carvalho

Rio - A Fetranspor, entidade que representa 184 empresas de ônibus em todo o Estado do Rio, afirmou, nesta sexta-feira (17), que terá dificuldades para manter a operação integral de linhas municipais e intermunicipais após novo reajuste de 14,26% do óleo diesel. De acordo com a empresa, o assunto é preocupante e urgente e precisa da atenção dos órgãos competentes.
Vale lembrar que somente este ano, o combustível aumentou 68% nas refinarias da Petrobras. O último reajuste, de 8,87%, havia sido anunciado em 10 de maio. Com a crescente oscilação do preço do combustível, o diesel passa a ser o principal item no custo de operação das empresas de ônibus, representando 32% do total.
"É importante ressaltar que os impactos causados pelos reajustes anunciados ao longo dos últimos dois anos não foram compensados, até agora, por aumentos de tarifa ou subsídios por parte de prefeituras ou do governo do estado", disse a Fetranspor em nota.
Por fim, a empresa afirmou que a crise do diesel é mais um duro golpe para o sistema de transporte. "O setor pede que sejam tomadas com a máxima urgência ações para evitar a degradação do transporte por ônibus, a fim de garantir a continuidade de um setor vital para a população e para a economia fluminense", finalizou.
Procurada pelo DIA, a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) disse que conforme foi estabelecido no acordo judicial firmado em 20 de maio deste ano entre o município do Rio, os consórcios de ônibus e o Ministério Público Estadual, além da receita da tarifa paga pelos passageiros de R$ 4,05, os consórcios irão receber da prefeitura um valor adicional de subsídio pelo serviço efetivamente prestado com base no quilômetro rodado.