Maternidade de Santa Cruz da SerraReprodução

Rio - Durante inspeção técnica realizada nesta última sexta-feira (1) na Maternidade Municipal de Santa Cruz da Serra, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, a deputada estadual Mônica Francisco (Psol), constatou déficit na quantidade de profissionais de limpeza, além da falta de enfermeiros e técnicos de enfermagem para atender a demanda. No período de janeiro a junho de 2022, a maternidade registrou a ocorrência de 36 natimortos (quando o feto morre dentro do útero ou durante o trabalho de parto) e quatro neomortos (falecido no primeiro mês de vida ou no último mês de vida intrauterina). 
"Essas mortes não deveriam acontecer. Elas decorrem de um sistema de saúde falho. As visitas realizadas pela frente têm o objetivo de dar visibilidade aos problemas que as mulheres, principalmente as negras, encaram dentro das unidades de saúde, como o racismo obstétrico. Além disso, queremos buscar diálogo para melhorar o atendimento às gestantes e puérperas", disse a parlamentar.
Um dos problemas apontados pela própria diretora-geral da unidade, Ana Tereza Derraik Barbosa, se refere à falta de auxiliar de serviço geral, que impacta na limpeza da unidade de saúde. Durante a visita, foi verificado que os banheiros das enfermarias estavam sujos. Além disso, falta álcool gel nos recipientes distribuídos pelos corredores e não há lixeiras suficientes na maternidade.
Outro problema relatado por Ana é a inexistência de uma unidade de transfusão de sangue, fundamental para atender casos de emergência entre gestantes e puérperas. Embora o serviço tenha sido anunciado na inauguração da maternidade, assim como a UTI Materna, a unidade transfusional nunca funcionou.
Procurada pelo DIA para comentar sobre os problemas citados, tanto a Secretaria de Saúde, quanto a Prefeitura de Caxias não deram retorno.