O deputado Rodrigo Amorim (PTB-RJ) é denunciado pelo crime de violência política de gênero Divulgação
Para o MP Eleitoral, esse crime eleitoral buscou impedir e dificultar o desempenho do mandato de Benny. Na denúncia, oferecida na sexta-feira (1), os procuradores regionais eleitorais Neide Cardoso de Oliveira (titular) e José Augusto Vagos(auxiliar) citaram que o discurso teve transmissão ao vivo pela TV Alerj, e retransmissão em diversas mídias, em especial na internet, alcançando grande repercussão, e que vitimizou diretamente uma funcionária pública no exercício das suas funções.
"Com essas palavras o denunciado constrangeu, humilhou e perseguiu a vítima Benny Briolly, com menosprezo e discriminação, subjugando a por ser mulher-trans e com a finalidade de impedir e/ou dificultar o desempenho do seu mandato eletivo na Câmara de Vereadores de Niterói, diante de sua notória atuação profissional, parlamentar e política relacionada a pautas em defesa das mulheres e da comunidade LGBTQIA+", descreveu a denúncia da PRE.
"O discurso proferido pelo denunciado vitimizou diretamente uma funcionária pública no exercício das suas funções, além de ter sido presenciado por várias pessoas e filmado em tempo real, divulgado por meios de comunicação diversos, entre eles, a rede mundial de computadores, o que conferiu uma amplitude imensa às ofensas e humilhações proferidas, causando grave dano político à vítima em relação a sua imagem frente ao seu eleitorado e demais eleitores do país", aponta outro trecho da denúncia.
Procurado pelo DIA, o deputado informou que ainda não foi notificado sobre o assunto. Também na última sexta-feira, Amorim entrou com processo no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) contra as duas procuradoras do MPF que cogitaram sua prisão preventiva por suposta ameaça endereçada por e-mail à vereadora Benny Briolly.
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