Rio- A Polícia Civil realizou uma operação de combate ao furto de cabos de concessionárias de serviços públicos, nesta quinta-feira (14), na Zona Oeste. Os alvos foram ferros-velhos localizados em bairros como Campo Grande, Santa Cruz, Guaratiba, Bangu e Realengo. Sete pessoas foram presas e sete locais interditados, além de grande quantidade de material apreendido.
De acordo com as investigações, estes estabelecimentos são possíveis fornecedores de grandes recicladoras, sendo os primeiros a adquirirem os materiais saqueados das empresas de prestação de serviço público. Além da fiscalização da procedência dos equipamentos, também foram verificadas a regularidade e observação das normas ambientais por estes estabelecimentos, assim como a existência de outros tipos de irregularidades.
O furto de cabos tem sido um dos principais fatores que provocam atrasos e paralisações frequentes nos trens da Supervia. Apenas até o mês de junho a Supervia registrou 919 ocorrências de furtos de cabos de sinalização do sistema ferroviário, 60% a mais do que o apontado no primeiro semestre do ano passado, quando houve 364 ocorrências. Ao todo, em 2021, foram furtados 56.949 metros de cabos, 75% mais do que de janeiro a junho do ano passado, quando 14 mil metros foram levados pelos criminosos.
A operação teve como objetivo orientar os proprietários dos ferros-velhos e recicladoras fiscalizadas a respeito de uma resolução da Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol), que regulamentou a concessão de Registro de Autorização de Funcionamento (RAF) dos estabelecimentos que atuam nesse segmento.
As ações e fiscalizações regionalizadas visaram ainda evitar a reincidência do crime e sufocar um dos elos da cadeia criminosa de receptação de cabos de cobre e demais equipamentos, como baterias estacionárias, cabos de fibra ótica, materiais de ferrovias geradores, transformadores e placas metálicas das concessionárias de serviços públicos.
A ação é resultado de investigações da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), com o apoio da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), unidades do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE), Departamento-Geral de Polícia da Capital (DGPC), Departamento-Geral de Polícia da Baixada (DGPB), e peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), com informações do Disque-Denúncia.
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