Cyntia Matos e outras mulheres protestaram na BaixadaDivulgação

A gente termina a semana com uma das histórias mais pesadas de violência contra a mulher…
A história do estuprador que se passava por anestesista mexeu e comoveu todo mundo, mas fez um sentimento muito forte entre as mulheres… Mesmo aquelas que não são ligadas a movimentos de sororidade ou feministas sentiram a necessidade de propagar, comentar, falar e apoiar as vítimas.
Por outro lado, as que já lutam nessa causa se empenharam mais ainda pra mostrar o tanto que o direito da mulher, principalmente a pobre, ao sistema público de saúde é falho.
Doutora Valeska Antunes, secretária geral do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, explica o direito da mulher de ser assistida por qualquer pessoa que ela escolha na hora do parto. E não é um direito recente!
"Existe uma lei federal de 2005 que garante um acompanhante, na rede pública ou privada, durante todo o seu processo no pré-parto e durante o parto. É um direito que aumenta a segurança da gestante, para que ela se sinta acolhida e claro protegida de qualquer violência obstétrica".
A gente percebeu que a falta do cumprimento dessa lei no Hospital da Mulher de São João de Meriti facilitou a ação do doutor-estuprador. Uma das vítimas, de apenas 23 anos, que inclusive perdeu o seu filho no parto, contou que seu marido foi impedido de ficar na sala de cirurgia pelo médico monstro!
Valeska explica também o que fazer se esse direito não for respeitado dentro do ambiente hospitalar.
"Se qualquer estabelecimento negar esse direito, a Defensoria Pública pode ser imediatamente acionada para garantia dele".
Movimentos feministas ressaltam a importância das mulheres denunciarem esses crápulas. E o quão fundamental foi a ação das enfermeiras no caso.
"A gente não aguenta mais esse sistema que nos mata todos os dias. Por isso precisamos cada vez mais de vozes femininas nos defendendo", afirma Cyntia Matos, do Fórum de Mulheres da Baixada Fluminense, que participou do protesto que aconteceu em frente ao hospital do episódio.
Que pelo menos um caso horroroso como esse sirva para que as mulheres tenham garantidos aquilo o que é de direito delas.
TÁ COVARDE!

Sérgio Alves Filho foi agredido no ônibusIgor Peres

"De bem material eles não roubaram nada, só mesmo a minha dignidade e ainda colocaram um trauma no meu menino."
Com as marcas da violência pelo corpo, o morador do Jacaré Sérgio Alves Filho relembra o absurdo que aconteceu com ele e com o filho de 16 anos na sexta passada.
Ele e o garoto estavam dentro do ônibus da linha 474, quando o mesmo foi invadido por 10 homens na Rua Bela, em São Cristóvão. Todos, segundo Sérgio, moradores do Caju!
"Eles entraram pela porta traseira e já partiram pra cima da gente dando soco, chute, de forma gratuita, falando em facção. Na hora só pensei em proteger meu filho. Apanhei por mim e por ele", conta Sérgio, em lágrimas, que quer de qualquer maneira justiça.
Quanta covardia… Tudo por culpa de uma guerra de território que na maioria dos casos o morador sequer tem culpa!
Sérgio registrou a ocorrência na 17ª DP e realizou exame corpo de delito. Vamos acompanhar!
Se você me perguntou se tá feio ou tá bonito… Fazer isso é esculacho com o morador de qualquer canto do Rio, e tenho dito.