Nise da Silveira é reconhecida por sua contribuição à psiquiatria no Brasil Foto: Reprodução/ Internet

Rio- A médica psiquiatra Nise da Silveira teve seu nome incluído no Livro de Heróis e Heroínas do Estado do Rio de Janeiro. Nise, que morreu aos 94 anos, em 1999, é reconhecida mundialmente por sua contribuição à psiquiatria, tendo revolucionado o tratamento mental no Brasil. Ela se manifestou radicalmente contra as formas que julgava serem agressivas em tratamentos de sua época, como o confinamento em hospitais psiquiátricos, eletrochoque, insulinoterapia e lobotomia.
Além disso, a psiquiatra também foi pioneira ao enxergar o valor terapêutico da interação de pacientes com animais. Também se engajou nos meios artístico e literário, voltados para área médica. De forma inovadora, no lugar das tarefas de limpeza que os pacientes exerciam à época sob o título de terapia ocupacional, ela criou ateliês de pintura e modelagem com a intenção de possibilitar aos doentes reatar seus vínculos com a realidade através da criatividade.
“Nise foi uma das primeiras mulheres no Brasil a se formar em medicina e revolucionou a psiquiatria no país. Seu trabalho e ideias inspiraram a criação de museus, centros culturais e instituições terapêuticas similares às que criou em diversos estados do Brasil e no exterior. Por sua trajetória e importância na evolução do tratamento psiquiátrico, Nise deve ser reconhecida como heroína pelo estado do Rio de Janeiro”, afirmou André Ceciliano (PT), presidente da Alerj.
A lei, de autoria de Ceciliano, e dos deputados Waldeck Carneiro (PSB), Flávio Serafini (PSOL), Luiz Paulo (PSD), Renata Souza (PSOL), Eliomar Coelho (PSB), Bebeto (PSD) e Rodrigo Bacellar (PL), foi sancionada pelo governador Cláudio Castro e publicada no Diário Oficial, na última quinta-feira (21).