Homem é acusado de matar cachorro de vizinha a pauladas; vídeo
Imagens flagram suspeito correndo com um pedaço de madeira. Após alguns segundos, reaparece carregando o corpo do animal pelas patas traseiras
Branquinho tinha apenas um ano e teria fugido atrás de um vizinho: "ele se chamava Branquinho, porque era todo peludinho, todo branquinho" - Reprodução
Branquinho tinha apenas um ano e teria fugido atrás de um vizinho: "ele se chamava Branquinho, porque era todo peludinho, todo branquinho"Reprodução
Rio- Um cão foi morto a pauladas, na última terça-feira (5), quando andava na rua de casa, no bairro Junqueira, em Mangaratiba. O principal suspeito é o vizinho do animal. Ele já foi identificado pelos policiais.
Branquinho, Sem Raça Definida e de apenas um ano, fugiu para rua atrás de um dos vizinhos que tinha saído para trabalhar, seguido da mãe, a cachorra Joaninha. A dona do animal, Priscila Serpa, de 29 anos, conta que, por morarem perto da praia, Joaninha sempre teve o costume de ir até lá e levar os filhotes juntos. Mas, desta vez foi diferente.
"As galinhas do criminoso também fugiram para a rua. O meu vizinho chegou a pegar um galho para espantar o meu cachorro, mas ele acabou voltando. Nisso, o agressor já veio com um pedaço de pau e cometeu o crime, carregando o bicho e dando fim ao corpo”, explicou Priscila.
No vídeo gravado por câmeras de segurança de um morador, é possível ver o momento em que o suspeito corre com um pedaço de madeira suspenso. Não é possível acompanhar o desenrolar da cena, que fica escondido atrás de uma parede. Lá, o agressor fica por quase 20 segundos. Depois, reaparece carregando o corpo do cachorro pelas patas traseiras.
Uma mulher acusa vizinho de matar seu cachorro a pauladas, na última terça-feira (05). O caso aconteceu no bairro Junqueira, em Mangaratiba. O caso foi registrado na 165º DP (Mangaratiba).
Nem Priscila e nem o seu esposo, Michael Lourenço, estavam em casa quando as agressões aconteceram. Michael teria sido informado pelo vizinho através de uma ligação. Foi então que voltou correndo para casa e, junto com Priscila, saíram em busca de Branquinho.
Segundo a tutora, o acusado alegou estar nervoso e que não seria possível entregar o corpo do animal porque ele foi jogado em um buraco. "Ele falou para mim que matou o bichinho, que estava nervoso. Falou que o cachorro entrou no quintal dele e comeu uma galinha. Ele nos perguntou o que teríamos feito, se a galinha fosse nossa", disse a dona do animal.
Prisicila fez um boletim de ocorrência na 165º DP (Mangaratiba) ainda na terça-feira à noite. Antes da realização do B.O, a Guarda-Municipal chegou a ir à casa do suspeito, mas ele não foi levado preso e ainda teria mudado o relato. "Ele falou para o guarda que ele não matou, que ele só bateu no bichinho e o bichinho fugiu pelo mato, mas que não teria nem machucado", explicou Priscila.
Ao DIA, o delegado de Mangaratiba Lauro Cesar explicou que no mesmo dia o homem foi identificado e que, na quinta-feira (04), teria sido realizada uma diligência para intimá-lo e conduzí-lo à delegacia, mas ele não foi encontrado. A Polícia Civil checa ainda se o acusado teria ou não fugido estado. "Mas já está comprovado pelos vídeos. Ele já está respondendo pelos crimes de maus tratos aos animais", afirmou o delegado.
Caso o suspeito não se apresente, a investigação será concluída e encaminhada à Justiça, que analisará se há necessidade ou não de pedir a prisão preventiva, com a pena variando de 2 a 5 anos de prisão, segundo a Lei.
Apesar da dor, Priscila quer justiça. "Eu quero muito que ele pague pelo que ele fez com o meu cachorro”, pediu a dona ao lembrar da tristeza da filha, de sete anos: "ela está sofrendo. Não consegue entender o porquê. A gente sabe que é maldade, que existem pessoas assim, mas ela não, porque ele era dócil, brincava."
Em nota, o presidente da Comissão de Defesa dos Animais da Câmara Municipal do Rio, o vereador Luiz Ramos Filho, disse que está acompanhando as investigações do caso, mesmo que tenha acontecido em outro município. Ele afirma ainda que está em contato com protetoras de Mangaratiba que foram com a tutora, Priscila, até a delegacia.
"É mais um caso absurdo e covarde de violência contra um animal que não pode se defender. Lamentável, triste e criminoso. Precisamos cobrar punição, para que casos trágicos como este não se repitam. Maltratar animal é crime e dá cadeia", ressaltou o vereador na nota.
*Estagiária Beatriz Coutinho sob a supervisão de Flávio Almeida
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