Andreia estava a caminho da delegacia quando passou mal reprodução Rede Social
De acordo com o delegado titular Flávio Rodrigues, da 33ª DP (Realengo), a vítima era hipertensa e ficou nervosa após as agressões. Ela tentou ir à delegacia, mas passou mal no caminho e precisou ser socorrida e levada à UPA de Magalhães Bastos.
Testemunhas relataram em depoimento que o agressor é usuário de cocaína desde os 16 anos e costumava roubar dinheiro, pertences e joias da família. Andreia teria ido até a casa onde ele morava com os pais conversar sobre o sumiço de R$ 3 mil, quando foi agredida com vários socos no peito.
“Ele não trabalhava, vivia com os pais e para sustentar o vício roubava os pertences da casa, mas nessa ocasião houve o sumiço de três mil reais. Essa irmã, que não morava na casa, foi procurar saber desse dinheiro. Um outro ponto é que, além de praticar os furtos, Anderson batia nos pais com frequência, mas a mãe acobertava as agressões”, relatou o delegado.
O delegado detalhou ainda o ocorrido no dia da briga e explicou porque o agressor responde por lesão corporal seguida de morte e não por homicídio.
“Nesse dia, a vítima foi conversar, pedir para ele parar de agredir os pais, mas ele foi para cima dela, só que ela era hipertensa. Ela não morreu em virtude das agressões, tanto que após a confusão ela estava a caminho da delegacia, mas começou a passar mal, foi socorrida, infartou e morreu. Por isso ele não está preso por homicídio, ela morreu após um estresse emocional, foi a síndrome do coração partido”, disse.
A "síndrome do coração partido" ou cardiomiopatia de Takotsubo é uma doença que afeta o músculo cardíaco cuja principal característica é a disfunção súbita do ventrículo esquerdo, que geralmente é desencadeada por estresse emocional ou físico.
Nas redes sociais, amigos demonstraram revolta pelo caso e lamentaram a morte de Andreia.
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