Eduardo Fauzi é suspeito pelo ataque com coquetéis molotov à produtora do Porta dos Fundos, em 2019Reprodução

Rio - O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) concedeu, nesta terça-feira (13), durante a audiência da 35ª Vara Criminal, alvará de soltura para Eduardo Fauzi, suspeito pelo ataque com coquetéis molotov à produtora do Porta dos Fundos, em 2019. A defesa de Eduardo pediu a revogação da prisão com o argumento de excesso de prazo.
Fauzi é réu por tentativa de homicídio por arremessar os artefatos caseiros para dentro do prédio onde funcionava a produtora do grupo humorístico Porta dos Fundos, no Humaitá, na Zona Sul. Ele viajou para Moscou cinco dias após o crime, onde chegou a ficar preso até ser extraditado.
Segundo a decisão, ao qual O Dia teve acesso, conforme a defesa de Fauzi, o Ministério Público insistiu em ouvir testemunhas que não compareceram em nenhuma das audiências, estendendo o prazo. Por isso, os advogados, Bruno Ribeiro da Silva e Diego Rossi Moretti, fizeram o pedido de soltura.
Veja a decisão
"Considerando o tempo de prisão provisória e a ausência de algumas das testemunhas de acusação arroladas, REVOGO A PRISÃO PREVENTIVA DO ACUSADO. Defiro a LIBERDADE PROVISÓRIA DO ACUSADO, mediante a entrega de passaporte em Juízo, termo de compromisso de comparecimento mensal ao Juízo, bem como determino que o acusado não se ausente da Comarca por prazo superior a 15 (quinze) dias, sem prévia comunicação ao Juízo, devendo informar eventual mudança de endereço, sob pena de revogação. EXPEÇA-SE ALVARÁ DE SOLTURA e o termo de compromisso. Designo a continuação da AUDIÊNCIA para o dia 26 de janeiro de 2023, às 15:45 horas. Requisitem-se/intimem-se as testemunhas arroladas. Intimado o réu nesta data da audiência."
Relembre o caso
Eduardo Fauzi foi reconhecido no ataque graças a câmeras de segurança, após retirar o capuz momentos após o ataque. Com mandado de busca, policiais apreenderam na casa de Eduardo Fauzi, na Barra da Tijuca, Zona Oeste, R$ 119 mil em espécie, munição, uma arma falsa, um computador e uma camisa de uma entidade filosófica e política.
Fauzi já tinha 20 anotações criminais por ameaça e agressão, uma delas por agredir o secretário de Ordem Pública do Município, Alex Costa, em 2013.