A partir dos registros, estima-se que o vírus monkeypox meça 300 nanômetros, em médiaDébora F. Barreto-Vieira/IOC/Fiocruz

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que o Rio de Janeiro tem, nesta quarta-feira (28), 1.026 casos confirmados de varíola dos macacos (monkeypox). Outros 1.908 casos foram descartados. Há também 118 casos prováveis, ou seja, com exame inconclusivo ou não coletado, e 444 sob investigação.

O estado registra um total de 3.496 casos notificados, um óbito, uma pessoa em tratamento com Tecovirimat e quatro com tratamento experimental concluído. Os dados são do Centro de Informações Estratégicas e Resposta de Vigilância em Saúde (CIEVS-RJ) e foram atualizados às 14h18.

Os casos confirmados estão concentrados na faixa etária dos 20 aos 39 anos. São 728 pessoas contaminadas, enquanto adultos entre 40 e 59 anos são 246. O menor número é encontrado nas faixas etárias entre crianças de 0 a nove anos, com 11 casos confirmados, enquanto idosos com mais de 60 anos apresentam confirmação em 12 pessoas.

Pessoas do sexo masculino seguem sendo a maioria dos contaminados, somando 954, ou seja, 93% dos casos confirmados. Em contrapartida, são 72 pessoas do sexo feminino, ou 7% contaminadas.

As erupções cutâneas e a febre ainda são os principais sinais da doença. No estado, 914 casos apresentaram as feridas como sintoma, ao passo que 591 pessoas queixaram-se de febre.

Em relação à região, a Metropolitana I concentra 84,5% dos casos, 867%. A Região Metropolitana II vem logo em seguida, com 11,01%, ou seja, 113 casos. A Baixada Litorânea tem nove casos, a Médio Paraíba contabiliza oito, a Serrana, seis e a Norte e a Noroeste contabilizam três e dois, respectivamente.

Novos laboratórios para diagnóstico de varíola dos macacos no Brasil

O Ministério da Saúde informou que cadastrou sete novos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacens) para realizar testes diagnósticos de varíola dos macacos (monkeypox). "A partir de agora, Bahia, Goiás, Santa Catariana, Ceará, Pernambuco, Paraná e Espírito Santo também terão capacidade para fazer a análise das amostras. Com isso, a pasta garante maior celeridade à identificação do vírus, que é monitorado desde que foi detectado pela primeira vez no país, em junho de 2022", informou a pasta.

Antes da ampliação, os exames já eram realizados pelos Lacens de Minas Gerais, São Paulo, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, além dos laboratórios de referência da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro e no Amazonas, da Universidade Federal do Rio de Janeiro e do Instituto Evandro Chagas, no Pará.

O diagnóstico é feito exclusivamente por teste molecular do tipo PCR, mesma tecnologia dos testes de Biomanguinhos, da Fiocruz, aprovados pela Anvisa.

Com relação aos testes de Biomanguinhos, a previsão inicial de aquisição pelo Ministério da Saúde é, inicialmente, de 60 mil kits, quantitativo que pode variar de acordo com a disponibilidade, para distribuição por toda a rede de Lacens e Laboratórios de Referência, considerando a situação epidemiológica de cada estado.
As autoridades de saúde alertam que em caso de suspeita da doença, o teste molecular para diagnóstico laboratorial deve ser realizado em todos os pacientes. Ele é capaz de detectar o material genético do vírus na amostra colhida de cada indivíduo. "Para isso, ela deve ser coletada, preferencialmente, a partir da secreção das lesões purulentas. Quando estas já estão secas, as crostas podem ser retiradas e encaminhadas ao laboratório", orientou a pasta.

Para quem testou positivo, a conduta recomendada é a manutenção do isolamento até desaparecimento das crostas e a completa cicatrização da pele, sem a necessidade de um novo teste. Os sintomas mais comuns são erupção cutânea ou lesões espalhadas pela pele; adenomegalia/linfonodos inchados, também conhecidos como ínguas; dor de cabeça; calafrios e fraqueza.