Rio - A Secretaria de Estado de Saúde (SES) registrou nesta quinta-feira (29) 1.040 novos casos de varíola dos macacos (monkeypox), no Rio de Janeiro. Outros 1.958 casos foram descartados. Além disso, há 120 casos prováveis, ou seja, com exame inconclusivo ou não coletado, e 432 sob investigação.
O estado registra um total de 3.550 casos notificados, um óbito, uma pessoa em tratamento com Tecovirimat e quatro com tratamento experimental concluído. Os dados são do Centro de Informações Estratégicas e Resposta de Vigilância em Saúde (CIEVS-RJ) e foram atualizados às 16h14.
Em relação à região, a Metropolitana I concentra 84,42% dos casos, 878. A Região Metropolitana II vem logo em seguida, com 11,06%, ou seja, 115 casos. A Baixada Litorânea e a Médio Paraíba contabilizam nove casos, a Serrana, seis e a Norte e a Noroeste contabilizam três e dois, respectivamente.
Os casos confirmados estão concentrados na faixa etária dos 20 aos 39 anos. São 733 pessoas contaminadas, enquanto adultos entre 40 e 59 anos são 249. O menor número é encontrado nas faixas etárias entre crianças de 0 a nove anos, com 13 casos confirmados, enquanto idosos com mais de 60 anos apresentam confirmação em 14 pessoas.
Pessoas do sexo masculino seguem sendo a maioria dos contaminados, somando 965, ou seja, 92,8% dos casos confirmados. Em contrapartida, são 75 pessoas do sexo feminino, ou 7,2% contaminadas.
As erupções cutâneas e a febre ainda são os principais sinais da doença. No estado, 924 casos apresentaram as feridas como sintoma, ao passo que 598 pessoas queixaram-se de febre.
Casos de homens que fazem sexo com outros homens correspondem a 18,86%. Aqueles que declararam não possuir este tipo de atividade sexual são 1,14% dos casos; 80% dos pacientes não informaram seu comportamento sexual.
Vacina contra varíola dos macacos
O Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos informou, nesta quarta-feira (28), a vacina contra a varíola dos macacos tem se mostrado altamente eficaz na oferta de proteção duas semanas após a primeira dose.
Uma análise preliminar publicada pela agência americana concluiu que entre 31 de julho e 3 de setembro, as pessoas não vacinadas tinham um risco 14 vezes maior de contrair a doença em relação às imunizadas, 14 dias depois da primeira dose.
Os resultados se basearam em infecções confirmadas em 32 jurisdições de todo o país. Os Estados Unidos registraram mais de 25 mil casos no surto atual, que começou em maio deste ano e afetou principalmente homens que fazem sexo com outros homens.
"Estes novos dados trazem um nível de otimismo cauteloso de que a vacina está funcionando segundo o previsto", disse aos jornalistas a diretora dos CDC, Rochelle Walensky, em coletiva de imprensa.
"À luz destes dados promissores, recomendamos firmemente que as pessoas recebam duas doses da vacina Jynneos, com intervalo de 28 dias, para garantir uma proteção duradoura contra a varíola do macaco", afirmou.
No entanto, apesar de ter sido aprovada, ainda não há uma estimativa de eficácia confirmada para a vacina Jynneos contra a varíola do macaco porque os estudos anteriores só analisaram animais e coletaram dados de resposta imune humana.
Em todo o mundo, mais de 66 mil casos de varíola do macaco foram detectados, mas as novas infecções diminuíram muito desde agosto.
Os Estados Unidos administraram mais de 680 mil doses da vacina Jynneos, concentrando seus esforços em homens homossexuais e bissexuais, além de pessoas transgênero e de gênero diverso.
O coordenador adjunto de resposta à epidemia da Casa Branca, Demetre Daskalakis, disse que a campanha avançava para uma nova fase na qual a vacina será ofertada a pessoas sem exposição prévia substituindo àquelas que tiveram algum tipo de contato.
Para reduzir o estigma, a nova diretriz permite aos profissionais de saúde administrar a vacina em áreas do corpo menos visíveis, incluindo ombros e a parte superior das costas em vez do antebraço, acrescentou.
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