Renan Amorim tinha 27 anos e também era promotor de vendasReprodução
'Mataram meu marido e os sonhos dele', diz mulher de motorista morto na Baixada
Polícia trabalha com possibilidade de latrocínio, mas família acredita que Renan Amorim tenha sido alvo por engano
Rio - A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) investiga a morte do promotor de vendas e motorista de aplicativo no último domingo (9), em Nova Iguaçu. Renan Amorim da Silva, de 27 anos, havia acabado de finalizar a última corrida da noite, quando o fato aconteceu. Inicialmente, a Polícia registrou o ocorrido como latrocínio (roubo seguido de morte), mas viúva Vanessa Ramos afirmou acreditar que a vítima tenha sido confundida com outra pessoa e morta por engano.
"Eu tenho quase certeza que ele foi confundido. Até porque a única coisa levada foi um celular velho. O de uso pessoal, aliança, carteira, tudo permaneceu com ele após o ocorrido. Por isso, acredito que a intenção do assassino era praticar essa maldade, mas acabou confundindo meu marido com outra pessoa. Renan era um homem bom, alegre e família. Trabalhador, era promotor de vendas e motorista de aplicativo para completar a renda. Mataram meu marido e os sonhos dele. Ele tinha vontade de ser policial militar", disse Vanessa, que morava junto com a vítima há cinco anos.
De acordo com o Registro de Ocorrência ao qual o DIA teve acesso, o delegado questionou Vanessa da possibilidade de ter desafetos ou já ter recebido alguma ameaça, o que foi prontamente negado. Por isso, o caso foi registrado como latrocínio, mas, em nota, Polícia Civil afirmou não descartar nenhuma outra hipótese.
O caso ocorreu no último dia 9. Vanessa contou que Renan a havia deixado na igreja e prometera buscá-la após o término do culto e que, enquanto isso, trabalharia até a hora de combinada.
"Ele marcou comigo às 20h45. Eu marquei com ele e disse que estava acabando o culto e era para ele ir para lá. Ele falou: "Estou na última corrida, já estou indo para aí". E depois disso não conseguimos mais contato", relatou.
A última corrida foi em Comendador Soares. Segundo a passageira ouvida em depoimento, Renan encerrou a corrida após chegar ao destino. Ela entrou em casa e, pouco tempo depois, ouviu uma freada brusca de um carro e, em seguida, o som de disparos.
O motorista levou três tiros e morreu antes do socorro chegar. O carro chegou a bater em uma mureta.
Segundo a Polícia Civil, a DHBF realizou perícia e busca mais testemunhas para saber como o crime ocorreu, além de ter recolhido imagens de câmeras de segurança próximas do local.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.