O suspeito foi encaminhado para a DRCIDivulgação/PCERJ

Rio- A Polícia Civil prendeu, nesta quarta-feira (12), um homem de 27 anos suspeito de se passar por uma menina em perfis falsos na internet para pedir fotos e vídeos íntimos de meninos menores de idade. Ele foi preso em casa, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, onde agentes cumpriram ainda um mandado de busca e apreensão e encontraram grande material de pornografia infantil.

Foram apreendidos um computador, celulares, camisinhas e ainda réplicas de arma de fogo. O suspeito irá responder por aliciar, constranger e instigar criança a praticar ato libidinoso através da internet. De acordo com o delegado Pablo Sartori, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), que investiga o caso, o homem era estudante de Educação Física e praticava esportes em um clube na Zona Norte do Rio, onde conseguia o contato das vítimas, que tinham entre 11 e 17 anos.

"Inicialmente nós tínhamos duas investigações com vítimas menores e, pela forma de abordagem, vimos que poderia ser o mesmo autor. Ele não chama nenhuma atenção, 27 anos, estudante de Educação Física e atleta de um clube de tênis. No entanto, ele usava isso para chegar nas vítimas, se aproximava como instrutor de forma informal e até como técnico ou capitão de equipe. Então, ele pegava o contato e as redes sociais das crianças e usava um perfil falso de menina da mesma faixa etária das vítimas para se aproximar e assim conseguia obter fotos e vídeos", explicou.
Materiais apreendidos na casa do suspeito - Divulgação/PCERJ
Materiais apreendidos na casa do suspeitoDivulgação/PCERJ
O delegado informou que ainda investiga se o suspeito utilizava as réplicas de armas para ameaçar as vítimas. Em depoimento, o suspeito admitiu os crimes e informou estar arrependido.
Ainda de acordo com o delegado, duas vítimas já foram identificadas, mas nos materiais apreendidos do suspeito foram encontradas imagens de nudez de outras crianças. "Ele apagava todo conteúdo pra tentar esconder o crime, mas nossa perícia conseguiu identificar. As vítimas eram abordadas no próprio clube de tênis, eram crianças de 11 a 17 anos, sempre meninos, temos fotos de pelo menos 4 ou 5. Pretendemos ouvi-las na presença do responsável de um psicólogo", disse Sartori.