Segunda audiência de julgamento no caso do menino João Pedro, no Fórum de São Gonçalo, nesta quarta-feira (16)Pedro Ivo/ Agência O Dia

Rio - A segunda audiência de instrução do caso de João Pedro Mattos Pinto, de 14 anos, terminou antes do previsto, na tarde desta quarta-feira (16), na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo. O encerramento com pouco mais de três horas de duração ocorreu devido à ausência de seis policiais federais que participaram da operação conjunta entre Polícia Civil e Federal em maio de 2020 no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo. A defesa dos agentes alegaram que os seus clientes não poderiam ser ouvidos por videoconferência por não estarem em um lugar seguro.
A única testemunha ouvida no Fórum do Colubande, na tarde desta quarta-feira (16), foi uma amiga de 17 anos de João, que estava com ele dentro da casa quando o mesmo foi morto com um tiro de fuzil. A jovem voltou a afirmar o que disse na época em depoimento. Segundo a testemunha, não havia bandidos no interior da residência e que policiais entraram atirando.
Novas audiências ainda serão marcadas para ouvir mais testemunhas, mas ainda não foi informado uma nova data. Na saída, os pais de João Pedro, Rafaela Coutinho Matos e Neilton da Costa Filho, se reuniram para realizar um ato por justiça pela morte do adolescente. Familiares e amigos de João Pedro seguravam cartazes com os dizeres: "Amigos exigem justiça por João Pedro" e "Eterno João Pedro".
Mauro José Gonçalves, Maxwell Gomes Pereira e Fernando de Brito Meister, policiais civis lotados na Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), são acusados pelo crime de homicídio qualificado. Eles respondem ao crime em liberdade.
Na primeira audiência, realizada no dia 5 de setembro, oito testemunhas foram ouvidas pela juíza Juliana Grillo El-Jaick. Ao todo, devem ser ouvidas ainda 15 testemunhas de acusação e 26 de defesa.