Movimentação na superintendência da Policia Federal na Zona Portuária do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira(23). Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Segundo as investigações da PF em conjunto ao Ministério Público Federal (MPF) e com apoio da U. S. Homeland Security Investigations (HSI), o contrabando das mercadorias era feito por um grupo armado e transnacional, que chegou a gerar prejuízo de dois bilhões de reais à União em sonegação de impostos, lavagem de dinheiro e corrupção. A facção criminosa cgeva a faturar R$ 1 milhão por mês, segundo informações do 'RJ2', da 'TV Globo'.
De acordo com a investigação iniciada em 2020, o grupo criminoso, reiteradamente, no período de quase três anos (2019 a 2022), com falsificação ou não emissão de notas fiscais, depositava, transportava e comercializava cigarros oriundos de crime em territórios dominados por outras organizações criminosas (facções, milícias etc), através de acerto entre elas e o grupo ora investigado. Em consequência, efetuava a lavagem dos recursos ilicitamente e enviava altas cifras ao exterior de forma irregular, entre outros crimes cometidos.
Além disso, a organização criminosa contava com uma célula de serviço paralelo de segurança, coordenado por policial federal e integrado por policiais militares dos Batalhoes de Angra dos Reis, Duque de Caxias, Volta Redonda, São Cristóvão, Queimados e Bprve, além de dois bombeiros, que também atuavam para atender aos interesses espúrios do grupo, também de acordo com o 'RJ2', da 'TV Globo'.
O grupo econômico que suporta a organização criminosa investigada é devedor contumaz da União e possui débito tributário de aproximadamente dois bilhões de reais, segundo informado pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional.
A Agência de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations – HSI) - da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília -, compartilhou informações e colaborou com a Polícia Federal na operação, como parte da cooperação policial internacional de longa data entre autoridades norte-americanas e brasileiras.
Os investigados podem responder pela prática de crimes de sonegação fiscal, duplicata simulada, receptação qualificada, corrupção ativa e passiva, lavagem de capital e evasão de divisas. Se condenados, podem sofrer penas privativas de liberdade que, se somadas, alcançam o patamar de 66 anos de reclusão, sem contar com as causas de aumento de pena.
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