Andressa Otoni da Silva Polastreli é suspeita de matar a filha, Luna, de 11 mesesReprodução/TV Globo
Suspeita de matar filha de 11 meses é presa na Baixada Fluminense
Andressa Otoni da Silva Polastreli chegou a dizer em UPA que a bebê se engasgou, mas causa da morte foi traumatismo craniano por ação contundente
Rio - Uma mulher foi presa, nesta quarta-feira (30), suspeita de ter matado a própria filha, uma bebê de 11 meses, no município de Belford Roxo, na Baixada Fluminense. A Polícia Civil passou a investigar o caso quando a menina, identificada como Luna, deu entrada já sem vida em uma unidade de saúde, no último sábado (26), mas sem sinais externos de violência. Andressa Otoni da Silva Polastreli, de 29 anos, teve a prisão temporária decretada por 30 dias, logo após prestar depoimento na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).
De acordo com a Polícia Civil, Andressa levou a filha à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Comendador Soares, afirmando que a menina havia broncoaspirado. Segundo a Prefeitura de Nova Iguaçu, a vítima deu entrada no local em óbito e os profissionais acionaram a polícia. Apesar da alegação de que Luna havia se engasgado, o exame de necropsia apontou que a causa da morte foi traumatismo craniano por ação contundente e foram verificadas três fraturas lineares no osso occipital - localizado no lado posterior da cabeça -, além de um grande hematoma subdural, quando ocorre um acúmulo de sangue entre o cérebro e o crânio.
As investigações da especializada descobriram que Andressa foi a única pessoa que ficou sozinha com a vítima antes da morte e omitiu as circunstâncias que provocaram as fraturas na cabeça da bebê. Além disso, a suspeita também teria tentado alinhar versões com testemunhas, para que o crime não fosse descoberto. Após apresentar diferentes circunstâncias para o caso, ela contou que, em um momento de descuido, Luna teria caído no chão e batido a nuca. Depoimentos à DHBF relataram haver um histórico de negligência e maus tratos por parte da mãe com a criança.
As oitivas motivaram o pedido de prisão contra a mulher e o mandado foi expedido pelo Plantão Judiciário, pelo crime de homicídio qualificado. As investigações continuam para esclarecer outras circunstâncias do caso. A mulher está custodiada na delegacia, à disposição da Justiça. De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), até o momento, o nome Andressa não consta na pauta de audiência de custódia desta quinta-feira (1º), mas as sessões começam a partir das 13h e a suspeita ainda pode ser incluída na pauta extra.
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