Dinheiro apreendido durante a operação em Barra MansaDivulgação/MPRJ

Rio - O Ministério Público (MPRJ) por meio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Barra Mansa, com a Polícia Civil realizaram, nesta quinta-feira (1ª), a segunda fase da operação Robgol. O objetivo foi cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão em endereços ligados a sete integrantes de uma organização criminosa de Barra Mansa, voltada ao comércio de grandes quantidades de drogas e à prática de lavagem de dinheiro. Na ação sete pessoas foram presas.
Dentre os presos está Jabes Lopes Emerick Júnior, gerente do tráfico, preso em Volta Redonda, no Sul Fluminense. Além disso, foram apreendidos dois celulares, duas máquinas de contar dinheiro e R$ 7.150 mil em espécie no Rio e R$ 210 mil em Mogi das Cruzes, em São Paulo. A Justiça ainda determinou ainda o arresto (medida judicial de apreensão de vários bens) de R$35 milhões de empresas utilizadas na lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. 
A ação é realizada por meio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Barra Mansa, com o apoio da Polícia Civil. De acordo com as investigações, uma das pessoas denunciadas seria a responsável pelo envio de drogas da cidade de Mogi das Cruzes, em São Paulo, para as cidades de Barra Mansa e Volta Redonda, além da Capital Fluminense, que teria lavado cerca de R$ 35 milhões em cinco anos utilizando-se de revendas de gás e água mineral no interior paulista.
A denúncia destaca que “toda essa estrutura destinada ao crime foi instituída e se mantém com o objetivo de lucrar cada vez mais com a mercancia ilícita de entorpecentes, intento que só pode ser obstado com a prisão dos integrantes da organização criminosa, diante do risco evidente de reiteração criminosa”.
Segundo o MPRJ, uma grande quantia em dinheiro em espécie foi apreendida. 

Além do dinheiro, a Polícia Civil também apreendeu cerca de 50 quilos de cocaína em três ações distintas. A corporação também solicitou à Justiça o arresto de veículos e duas fazendas.

Agentes do 5º Departamento de Polícia de Área (DPA) e das polícias Rodoviária Federal, Militar e Civil de São Paulo também deram suporte à ação.
Primeira fase
A primeira fase da operação foi iniciada em maio de 2021 após a apreensão de 37 kg de cocaína, realizada pela Polícia Rodoviária Federal em uma abordagem da Rodovia Presidente Dutra, na cidade de Barra Mansa. Na ocasião, os agentes federais identificaram que as drogas tinha como origem a cidade de Taubaté, no Estado de São Paulo, e como destino as cidades de Volta Redonda, Barra Mansa e outras localidades na região Sul Fluminense.

Além da decretação da prisão e busca e apreensão nas residências dos principais envolvidos, o Juízo da 1ª Vara Criminal Especializada da Capital deferiu ainda o arresto e sequestro de bens da organização criminosa, consistentes em cerca de R$ 35 milhões em contas bancárias, um automóvel de luxo e fazendas utilizadas para lavar o dinheiro oriundo do tráfico de drogas.