Raiva não tem cura e pode matarDivulgação

Rio - A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS-Rio) informou, nesta quinta-feira (1º), que a rede está desabastecida de soro antirrábico e imunoglobulina antirrábica, insumos necessários para o cumprimento do protocolo após exposição a acidentes com animais que podem transmitir a raiva. A SMS relatou que, apesar de alertar reiteradamente o Governo do Estado e o Ministério da Saúde, ainda não teve qualquer orientação oficial em relação às ações a serem adotadas diante desse cenário.
Em conversa com o DIA, o secretário municipal de saúde, Daniel Soranz, afirmou que, até o momento, não há expectativa de receber novos insumos do Ministério da Saúde. "A gente tem poucas doses para os casos que tenham acidentes, mas depois que essas doses acabarem, a gente não tem previsão de receber doses novas. Isso é muito preocupante porque a raiva é uma doença que não tem cura", reforçou.
Caso uma pessoa tenha contato com um animal que possa transmitir a doença e for encaminhada para uma rede de saúde que não tenha o soro antirrábico, Soranz explica que não há o que ser feito diante dessa falta de abastecimento. "A gente vai orientá-la a entrar em contato com o estado, com o Ministério da Saúde, mas a princípio, não tem uma solução de imediato. A gente aguarda um posicionamento do Ministério da Saúde para saber o que recomendar", relatou.
"Todos os protocolos dizem que o soro antirrábico e o soro imunoglobulina antirrábica são essenciais em casos de suspeitas de acidentes com animais que tenham a raiva", complementa o secretário. Veja
Daniel Soranz explica que a principal garantia de proteção em casos de ferimentos graves provocados por mordedura animal suspeito, é a realização do soro. "Infelizmente, é a primeira vez na nossa história que a gente vai ficar sem ter soro em estoque", lamentou.
A Secretaria Municipal de Saúde ressaltou que a raiva é uma doença infecciosa viral aguda grave que ataca o sistema nervoso e leva à morte em praticamente 100% dos casos.
Procurado, o Ministério da Saúde afirmou que, até o momento, não há uma resposta sobre o caso. O espaço segue aberto para manifestação.