CMR Oscar Clark trabalha na reabilitação dos pacientes com deficiênciaDivulgação
Unidade da Secretaria Municipal de Saúde trabalha para reabilitar pessoas com deficiência
CMR Oscar Clark fica no bairro do Maracanã e conta com equipe multidisciplinar
Rio – O Dia Internacional de Luta da Pessoa com Deficiência acontecerá neste sábado (3), e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) aproveitou a data para ressaltar a importância do trabalho do Centro Municipal de Reabilitação (CMR) Oscar Clark, localizado no bairro do Maracanã, na Zona Norte do Rio.
Referência em reabilitação na capital fluminense, o Centro tem o objetivo de ampliar a possibilidade de locomoção, comunicação, autonomia e independência das pessoas com deficiência física, visual, auditiva e intelectual, independentemente da idade. O trabalho no CMR é realizado por uma equipe multidisciplinar, composta por cerca de 60 profissionais especializados e 16 médicos.
"Aqui é um lugar onde a gente promove qualidade de vida para as pessoas para que elas se reinsiram mais rapidamente em suas vidas de forma funcional e aprendam a ter sua própria autonomia para realizar as atividades do dia a dia", detalhou Cláudia D´Oliveira, diretora do Centro.
Dentre as unidades disponíveis no CMR Oscar Clark, a que possui maior procura é a de reabilitação auditiva, tendo atendido cerca de 2.300 pessoas no primeiro semestre de 2022. Nela, um otorrinolaringologista acompanha os pacientes e, simultaneamente, são feitas diferentes avaliações audiológicas, que permitem o avanço na reabilitação e o preparo para receber uma prótese auditiva.
Já na unidade de reabilitação física, os pacientes amputados são preparados física e psicologicamente para receberem a prótese que vai auxiliá-los a andar e se locomover. “O paciente aprende a utilizar a prótese e só recebe alta quando estiver se locomovendo bem. Depois é acompanhado à distância e volta para troca da prótese, quando necessário”, conta a diretora.
Além dos amputados, a reabilitação física atende outras linhas de cuidados, como os ostomizados, que fazem uso de bolsa de colostomia e ileostomia, a dispensação de cadeira de rodas e a reabilitação neurológica para pacientes que têm sequelas de AVC. Esses últimos recebem também acompanhamento fonoaudiológico para recuperação da fala e tratamento com aparelhos para alinhar ou corrigir possíveis disfunções de membros, órgãos ou tecidos devido ao acidente vascular cerebral.
A deficiência não está ligada somente ao que é visível. Por lei, todas as pessoas que têm impedimento de longo prazo, seja ele físico, mental, intelectual ou sensorial, que impeça a sua participação plena na sociedade em condições de igualdade, são consideradas pessoas com deficiência. A principal função da reabilitação é proporcionar funcionalidade, autonomia e independência, seja de forma temporária ou permanente, para essas pessoas.
Musicoterapia
A musicoterapia é uma das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) disponíveis na rede municipal de saúde do Rio e ajuda a explorar a capacidade auditiva, o som da própria voz e também os sentidos táteis por meio do toque dos instrumentos musicais. Essa prática é utilizada na Unidade de Deficiência Visual (UDV) para estimular os sentidos e a percepção dos sons por meio da música.
"A musicoterapia é falar através da música, é começar a perceber sons, lugares, pessoas usando seus sentidos, é ser na vida readaptado para viver", explicou a chefe da Unidade de Deficiência Visual e musicoterapeuta, Alessandra Maia.
Esse processo funciona também no tratamento de pessoas com Transtorno do Espectro Autista atendidas no núcleo de reabilitação intelectual. A música ajuda a reduzir a sensibilidade ao som e alivia o estresse e a agitação. "É um processo terapêutico que facilita e promove o desenvolvimento integral das pessoas com deficiência", disse Alessandra.
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