Douglas Braga Damasceno estava desaparecido desde o dia 9 de novembroReprodução

Rio - O corpo do tatuador Douglas Braga Damasceno, de 31 anos, desaparecido desde o dia 9 de novembro, foi encontrado em uma área de mata em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, nesta quinta-feira (1º). Um policial militar, lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Borel, localizada na Tijuca, Zona Norte do Rio, foi preso suspeito do homicídio.
Segundo a Polícia Civil, o crime foi motivado por conta de uma relação extraconjugal de Douglas com a companheira do suspeito. As investigações da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) apontaram que, após descobrir o relacionamento amoroso, o autor se passou pela companheira e armou uma emboscada contra o tatuador.
Ao encontrar Douglas, que dirigia um carro, o suspeito entrou no veículo, os dois discutiram e a vítima foi morta a tiros. O automóvel já havia sido encontrado queimado na Estrada do Marapicu, em uma área de mata e de difícil acesso, em Nova Iguaçu. O corpo de Douglas foi encontrado próximo ao veículo.
Questionada, a Polícia Militar informou que equipes da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) acompanharam na quinta-feira (1º) o PM suspeito até a DDPA em cumprimento a uma intimação.  Depois, o policial foi conduzido junto a agentes da especializada até Nova Iguaçu, onde foi encontrado o corpo.
A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) também foi acionada para periciar o local. Após ser ouvido na Cidade da Polícia, o policial foi colocado à disposição na área Correcional da Corporação, que instaurou um procedimento apuratório paralelamente.
De acordo com a PM, o militar aguarda os próximos trâmites judiciais.
Relembre o caso
Douglas saiu de casa no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio, no dia 9 de novembro e não foi mais visto. Ao DIA, a mãe de Douglas, Silvia Lúcia Damasceno, de 48 anos, contou que seu primo foi até a residência do filho no dia seguinte, no entanto, não o encontrou. Vizinhos informaram para o homem que Douglas havia saído de casa no dia anterior. Preocupado, o familiar voltou ao local no dia 11 de novembro, mas também não conseguiu contato com o tatuador.
Na época do desaparecimento, Silvia revelou que não conhecia inimizades do filho. "Desconheço que ele tenha alguma inimizade. Ele é um menino muito correto, centrado e nunca teve uma situação dessa de sumir. A questão dele é o trabalho. Hoje eu estou conseguindo falar, mas está sendo desesperador. Onde eu moro hoje foi ele que me deu. Ele me ajudava em tudo que eu precisasse. Um bom filho, neto e amigo", lamentou a mãe no último dia 15 de novembro.
Até a manhã desta sexta-feira (2), a mãe ainda não havia sido comunicada sobre a morte de Douglas.