Daniel Mascarenhas tinha 31 anos, era guia turístico e praticante de corridas de ruaReprodução

Rio - Uma câmera de segurança de um estabelecimento comercial próximo registrou a ação de duas mulheres que roubaram e mataram um guia turístico no Centro do Rio, na madrugada da última quarta-feira (4). Daniel Mascarenhas Xavier da Silva, de 31 anos, voltava do trabalho por volta das 2h, quando reagiu a tentativa de assalto das criminosas que estavam em uma moto sem placa lhe apontaram uma arma.
O homem chegou a entregar uma bolsa e o celular, mas depois reagiu ao assalto e entrou em luta corporal com a dupla. A garupa da moto, enquanto Daniel briga com uma das mulheres, esfaqueai-o várias vezes.

Mesmo ferido, Daniel chegou a recuperar, pelo menos, a bolsa que levava e se afastou das mulheres. Mais à frente, pediu ajuda a um taxista que presenciou toda a ação, mas arrancou com o carro e foi embora, não prestando ajuda.
Segundo a Polícia, Daniel foi encontrado morto na Praça da República, a poucos metros de onde foi esfaqueado, quase em frente ao Hospital Souza Aguiar. Equipes da Delegacia de Homicídios ouviram testemunhas, e segundo os depoimentos, as mulheres tentaram convencer as pessoas de que Daniel era o criminoso e que tinha agredido as duas.


A Polícia também constatou que a pistola era falsa. A arma e a faca foram apreendidas e vão passar por perícia. Com as imagens, as investigações da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) concluíram que se trata do crime de latrocínio — roubo seguido de morte. Agora, os investigadores tentam identificar as duas mulheres.

Quem tiver informações sobre as assassinas do guia turístico pode ligar para o Disque Denúncia: (21) 2253 1177, 0300-253-1177, WhatsApp: (21) 99973-1177 ou aplicativo Disque Denúncia RJ.
Daniel Mascarenhas tinha 31 anos e morava na Ilha do Governador. Ele trabalhava como guia de turismo e dava aula de francês, inglês e português. Ainda não há informação de quando e onde será o sepultamento.
Tragédia que se repete
O advogado Victor Stephen Coelho, de 27, foi morto nas imediações da Praça da República, no Centro do Rio, durante a madrugada do dia 23 de julho de 2022. Segundo testemunhas, Victor havia saído para se divertir com amigos e acabou sendo vítima de um assalto quando estava se encaminhando para voltar para casa.
De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, o corpo, que tinha marcas de facadas, foi encontrado em uma área perto da estação Saara do VLT, em frente à entrada lateral do Campo de Santana. Victor também teve a carteira e o celular roubados. O corpo chegou sem identificação ao Instituto Médico Legal (IML). A vítima era advogado e morava no bairro de Vila Isabel, na Zona Norte do Rio.
O advogado foi sepultado no dia 25 de julho, no Cemitério do Caju, também na Zona Norte.
Agentes do 5º BPM (Praça da Harmonia) prenderam, no dia 7 de agosto, Wilson José Câmara de Oliveira, de 37 anos, que confessou ter assassinado Victor. Posteriormente, a Justiça acolheu pedido do Ministério Público e determinou a prisão temporária de Jefferson Pereira Baptista, segurança do Saara, apontado como mandante do latrocínio.