Caso é investigado pela 9ª DP (Catete)Reprodução/Google Maps
Homem com pistola falsa é espancado na Zona Sul do Rio
Corpo de Bombeiros levou agredido em estado grave para o Hospital Municipal Miguel Couto
Rio - Um homem, ainda não identificado, foi espancado depois de ser visto circulando com uma réplica de pistola, no bairro do Flamengo, Zona Sul do Rio. O caso aconteceu na madrugada desta quinta-feira (7) e o agredido foi encontrado com ferimentos e caído no chão, na Avenida Oswaldo Cruz, e socorrido em estado grave.
Segundo a Polícia Militar, o 2º BPM (Botafogo) foi acionado para prestar socorro e encontrou a arma falsa. A corporação informou que não houve registro de acionamento para roubo ou furto na região e o homem não foi preso.
O Corpo de Bombeiros também esteve no local, às 1h11, e o encaminhou para o Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon, em estado grave. Ainda não há informações sobre o quadro de saúde do agredido.
De acordo com a Polícia Civil, o caso foi registrado na 9ª DP (Catete). "Diligências estão em andamento para esclarecer os fatos".
Justiceiros de Copacabana
Na noite de terça-feira (5), homens que se intitulam "justiceiros" de Copacabana apareceram em imagens espancando um jovem, na Rua Djalma Ulrich. Em um vídeo que circula nas redes sociais, gravado por um dos integrantes do bando, é possível ver pelo menos sete homens agredindo a vítima na cabeça, nos braços e pernas com socos, chutes e até pauladas. Durante o ataque, um deles questiona ao rapaz: "cadê a faca?", que responde: "não tenho faca, não". As agressões, então, continuam. Segundo o Código Penal brasileiro, fazer justiça com as próprias mãos é crime.
Em depoimento na 13ª DP (Ipanema), Marco Antônio Siqueira negou que tenha realizado assaltos no bairro e relatou que foi agredido por pelo menos dez pessoas. A sessão de tapas, socos, chutes e até pauladas durou, pelo menos, três minutos. Registros das câmeras de segurança instaladas nas ruas de Copacabana mostraram que ele foi abordado duas vezes pelo grupo, sendo a primeira na Rua Miguel Lemos, após a vítima correr deles por cerca de um minuto. Em seguida, o bando o leva até a Rua Djalma Ulrich, onde o espancamento foi gravado.
Em nota, a Polícia Militar informou que o grupo fugiu e o homem foi conduzido para a 13ª DP. Após averiguação, foi constatado que, mesmo com uma vasta ficha criminal, não constava mandado em seu desfavor no momento. A Polícia Civil disse que investigações estão em andamento para identificar os envolvidos.
A iniciativa dos justiceiros ocorreu após o ataque sofrido pelo empresário Marcelo Rubim Benchimol, de 67 anos, agredido por criminosos, na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, no último sábado (2), quando tentava defender uma mulher de ser atacada por um grupo de assaltantes. O professor de jiu-jítsu Fernando Pinduka fez uma convocação aos mais de 100 mil seguidores e pediu ajuda das academias e lutadores da região.
"Seria fantástico um engajamento das academias e de lutadores da localidade participando dessa ideia, abraçando o projeto de limpeza em Copacabana", escreveu. Na postagem, o professor afirma que não está estimulando a violência, mas "alguma maneira de proteger à nós mesmos, nossos familiares e as pessoas do bem que estão sendo humilhadas nas ruas". Ele relembrou ainda que nos anos 90 foi realizado "uma patrulha de proteção" e que, na ocasião, deu certo e teve "um verão mais tranquilo".
Na quarta-feira (6), uma ação conjunta entre o 19º BPM (Copacabana) e a 13ª DP prendeu um suspeito e apreendeu um adolescente envolvidos nas agressões ao empresário. Os agentes descobriram que eles utilizavam o ônibus da linha 474 (Jacaré x Copacabana) para chegar até a orla e conseguiram interceptar a dupla. Na abordagem, que também ocorreu na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, os dois foram reconhecidos por pessoas por realizaram roubos na região e houve um princípio de tumulto, controlado pelos PMs.
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