Policiamento na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, nesta quarta-feira(6). Foto: Renan Areias/Agência O DiaRenan Areias/Agência O Dia
Em meio à onda de violência, suspeito é preso por roubar turista estrangeiro em Copacabana
Telefone celular, R$ 900 e um cartão de crédito foram recuperados
Rio - Um suspeito foi preso, na noite desta sexta-feira (8), após assaltar um turista estrangeiro em Copacabana, na Zona Sul do Rio. O crime aconteceu na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, palco da agressão sofrida pelo empresário Marcelo Rubim Benchimol, de 67 anos, no último dia 2.
De acordo com a Polícia Militar, agentes do 19º BPM (Copacabana) foram acionados e montaram um cerco para localizar e prender o suspeito. Com ele, os policiais recuperaram um telefone celular, R$ 900 e um cartão de crédito.
Em meio à onda de violência no bairro, a corporação disse que vai ter mudanças na segurança. Uma reunião entre representantes de forças de segurança estaduais e municipais do Rio de Janeiro definiu alterações no esquema de policiamento, como reforço nas abordagens e mudanças na distribuição dos policiais.
Essa questão veio à tona após a série de assaltos realizadas por criminosos no último dia 2. Na ocasião, o empresário Marcelo Rubim Benchimol, de 67 anos, foi agredido e assaltado quando tentava defender uma mulher de ser atacada pelo grupo. Após levar um soco, ele caiu desmaiado e teve seus pertences roubados.
O criminoso que aparece nas imagens de câmeras de segurança dando um soco no rosto do idoso foi preso, nesta sexta-feira (8). Victor Hugo Oliveira Jobim, de 22 anos, foi encontrado em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, onde estava escondido após o caso ganhar repercussão.
Os agentes da 13ª DP (Ipanema) buscam identificar os demais envolvidos e reunir outras evidências para concluir o inquérito. De acordo com a Polícia Civil, Victor Hugo tem nove anotações criminais por roubo, furto e tráfico de drogas. Os atos praticados acontecem desde a adolescência. Segundo a corporação, ele já foi preso duas vezes desde que atingiu a maioridade. Na quarta-feira (6), um outro suspeito também foi preso e um adolescente apreendido por envolvimento nas agressões ao empresário.
Criação do grupo dos 'justiceiros'
Após a repercussão do caso, um grupo de homens que se intitulam "justiceiros" realizou uma 'caça' no bairro para localizar e agredir os suspeitos. Em um dos episódios de agressão, o grupo aparece espancando um jovem na Rua Djalma Ulrich, no referido bairro, na noite de terça-feira (5). Em um vídeo que circula nas redes sociais, gravado por um dos integrantes do bando, é possível ver pelo menos sete homens agredindo o rapaz na cabeça, nos braços e pernas com socos, chutes e até pauladas.
A Polícia Civil informou que está monitorando o 'grupo de justiceiros' e disse que as investigações estão em andamento para identificar os envolvidos e esclarecer os fatos. Já o secretário de Segurança Pública do Rio, Victor César Carvalho dos Santos, repudiou as atitudes, chegando a comparar o comportamento do grupo ao de milicianos, e afirmou que todos estão sendo acompanhados.
Por meio de nota, a Polícia Militar alertou que as convocações para agressões não são maneiras adequadas de resolver ações criminosas que vêm ocorrendo em Copacabana. A corporação ressaltou, ainda, que é importante que a sociedade apoie, confie e colabore com as ações realizadas pelos órgãos de segurança pública, bem como de outros atores envolvidos. Segundo a PM, esse problema ultrapassa a atuação somente da corporação, sendo um obstáculo de âmbito social.
"Cabe destacar que é de suma importância a atuação ativa de outros atores sociais e de órgãos públicos – municipal, estadual e federal. Além disso, destacamos que a legislação vigente precisa ser revista no que tange a segurança pública. Informamos ainda que a SEPM continua atuando com policiamento reforçado, diuturnamente em Copacabana, trabalhando de forma integrada com as demais forças de segurança", finaliza a nota.
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