Rio começa a vacinar crianças de 12 anos contra dengue
Desde o início da campanha, mais de 37 mil doses foram aplicadas
Crianças de 10, 11 e 12 anos já podem tomar a vacina contra a dengue nas 238 unidades de Atenção Primária do município - Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Crianças de 10, 11 e 12 anos já podem tomar a vacina contra a dengue nas 238 unidades de Atenção Primária do municípioReginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Rio - A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) começou a vacinar nesta segunda-feira (4) crianças de 12 anos contra a dengue. O imunizante já estava disponível para o grupo de 10 e 11 anos e continuará sendo aplicado nesta faixa etária. Até o momento, o município do Rio confirmou duas mortes. Já o estado, ao todo, tem 15 óbitos e 92.517 mil casos prováveis.
Desde o início da vacinação, mais de 37 mil doses foram aplicadas na cidade. No entanto, esse número representa apenas 26% do público elegível. Ou seja, das 140 mil doses recebidas dia 22 de fevereiro, menos de 20% foram utilizadas na primeira semana de campanha.
A vacina está disponível em todas as 238 unidades de Atenção Primária do município, além do Super Centro Carioca de Vacinação, em Botafogo, na Zona Sul, que funciona todos os dias, das 8h às 22h. Já o Super Centro Carioca de Campo Grande, na Zona Oeste, no Park Shopping, também funciona diariamente, de acordo com o horário do centro comercial.
Para receber a vacina, a criança deve estar acompanhada de um responsável e apresentar a carteira de identidade ou certidão de nascimento. O esquema vacinal é de duas doses, com um intervalo de três meses. Segundo a SMS, a vacinação para as demais idades terá as datas anunciadas nos próximos dias.
Este grupo entre 10 e 12 anos foi priorizado pelo Ministério da Saúde, por ser uma faixa etária que apresenta maior risco de hospitalização pela dengue.
Epidemia
Em meio à epidemia de dengue, que acometeu mais de 90 mil pessoas no Rio de Janeiro, é altamente recomendado evitar água parada em recipientes, como vasos de planta, pneus velhos, piscinas, garrafas, entre outros; limpar lixeiras, ralos, bebedouros de animais e objetos que possam acumular água; não despejar lixo irregularmente em terrenos baldios ou em outros locais inadequados.
No dia 21 de fevereiro, o Governo do Estado do Rio decretou situação de epidemia. O número de casos registrados, à época, era de 20 vezes acima do esperado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES). Antes disso, no início de fevereiro, o prefeito Eduardo Paes determinou estado de emergência de saúde pública também por conta dos números de contaminados.
'Dia D'
No sábado (2), como forma de reforçar as ações contra o Aedes aegypti, aconteceu o 'Dia D' de combate a dengue. A SES levou ações informativas à Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul, Niterói, na Região Metropolitana, e ao interior do estado.
Na Lagoa, aconteceram aulas para formação de brigadas antidengue, palestras sobre a doença e observação de mosquitos em diferentes fases ao microscópio. Além de orientar a população sobre a importância de eliminar possíveis focos, as equipes da secretaria também distribuíram panfletos com o check-list de limpeza dos possíveis criadouros e ofereceu atividades para as crianças.
Na ocasião, a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, comentou sobre a campanha. "Preparamos um guia que também está disponível em nosso site, com todos os pontos que você tem que verificar em casa: as calhas, a bandeja da geladeira, os pneus, garrafas, e qualquer local que possa acumular água. Importante que a população esteja atenta e verifique esses possíveis criadouros, ao menos, uma vez por semana", disse a secretária.
A campanha no município
O programa prevê a imunização de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos e a expectativa é vacinar todos os 354 mil dessa faixa etária, residentes da cidade, inclusive aqueles que já tiveram dengue As exceções são gestantes, lactantes, pessoas com imunodeficiência congênita ou adquirida e pessoas com hipersensibilidade aos componentes da vacina.
De acordo com a SMS, quem teve quadro recente de dengue deve aguardar seis meses desde o início dos sintomas para receber o imunizante. Já quem tem sintomas da doença, como febre e dor no corpo, deve buscar atendimento médico e avaliar a possibilidade da vacinação.
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