Polícia Civil realiza perícia onde jovem morreu após receber descarga elétrica no RiocentroPedro Ivo/Agência O DIA
Desde o primeiro momento, a mãe do rapaz, Roberta Ferreira, informou que o espaço não foi preservado para a perícia. Ainda no domingo (10), ela esteve no local e registrou fios expostos jogados pelo chão. Durante a perícia, os agentes encontraram ainda fios dentro de um bueiro com água.
Professora, ela está afastada do trabalho e busca por uma resposta. "Estou sete dias de licença da escola em que dou aula. Eles têm que esclarecer, um evento grande, que com certeza não foi barato, tinha que ter no mínimo uma segurança, não esses cabos expostos como eu vi aqui", disse.
Com a repercussão do caso, a mãe recebeu uma série de relatos de testemunhas que viram a situação e que levaram choque antes do temporal que atingiu a cidade no último sábado (9).
"No sábado fiquei a madrugada toda acordada, de domingo para segunda dormir 3 horas, de ontem pra hoje que dormi mais um pouquinho só, porque 6h já estava na delegacia. Tem uma pessoa de Nova Friburgo que eu vou buscar pra dar o depoimento na sexta, porque ela viu que o socorro não chegou a tempo e as pessoas do evento estavam fazendo massagem cardíaca nele", explicou.
Segundo o laudo do IML, ele foi atingido por um condutor elétrico nas costas e não estava molhado no momento do acidente. O jovem chegou a ser socorrido e levado ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, mas segundo a unidade de saúde chegou em parada cardiorrespiratória e não resistiu.
De acordo Roberta, por volta das 21h, o filho informou que estava tudo bem no evento, mesmo com a chuva que caía na região. Cerca de uma hora depois, as ligações não foram mais atendidas e nem as mensagens respondidas. Imagens obtidas pela mãe mostram ainda o jovem curtindo o show antes do acidente.
A família do rapaz mora em Itaipuaçu e estava no Rio apenas para levar e buscar João no festival. O corpo de João foi enterrado às 15h no Cemitério Municipal de Maricá.
O caso é investigado pela 32ª DP (Taquara). A Polícia Civil explicou que, apesar do local não ter sido preservado até a chegada da polícia, eventual prejuízo para as investigações será objeto de responsabilização na forma da lei. Os organizadores do evento e outras testemunhas serão chamados para prestar depoimento.
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