Bruno Lima da Costa, de 34 anos, é concursado da Petrobras Reprodução/Redes sociais
Baleado em sequestro a ônibus está na UTI e permanece em estado grave
Bruno Lima da Costa, de 34 anos, foi transferido para o Hospital Samaritano Botafogo, na Zona Sul do Rio
Rio - O funcionário da Petrobras Bruno Lima da Costa, de 34 anos, continua internado em estado grave após ter sido baleado durante o sequestro de um ônibus na terça-feira (12), na Rodoviária Novo Rio. De acordo com o Hospital Samaritano Botafogo, na Zona Sul, o paciente está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e passa por avaliações clínicas. Bruno foi atingido por três tiros, que perfuraram o coração, pulmão e baço.
A vítima foi transferida para essa unidade particular na noite de quarta-feira (13). Anteriormente, Bruno estava em observação no Instituto Nacional de Cardiologia (INC) para avaliar se passaria por uma intervenção cardíaca. No entanto, a equipe médica do INC avaliou que ele não precisaria ser submetido à intervenção, por isso foi autorizado a transferência dele para o Hospital Samaritano.
Transferências entre hospitais
O Hospital Samaritano é o terceiro pelo qual Bruno passa. Antes, o petroleiro foi transferido para o INC ainda em estado grave, logo após passar por um primeiro procedimento delicado no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, para onde foi socorrido inicialmente.
Durante a primeira cirurgia, ele foi operado por três equipes médicas e precisou de pelo menos seis bolsas de sangue. A partir dessa informação, o Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro iniciou uma campanha de doação de sangue para o funcionário da Petrobras. A ação foi realizada ao longo de quarta-feira (14) e de acordo com o Hemorio, por conta dela, a instituição arrecadou três vezes mais sangue do que no dia anterior, chegando a 303 bolsas. A quantidade é suficiente para salvar 1.200 pessoas.
Quem é a vítima?
Bruno foi aprovado em concurso da Petrobras em 2023 para o cargo de técnico de estabilidade em operação de lastro. Ele passava por um processo de treinamento e vivia entre o Rio de Janeiro e Juiz de Fora, em Minas Gerais, onde cursa Engenharia Elétrica, na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
O petroleiro, inclusive, estava em uma dessas voltas para a cidade mineira, nesta terça-feira (12), quando foi baleado durante o sequestro ao ônibus da Viação Sampaio por Paulo Sérgio de Lima, 29. Além dele, um outro homem foi baleado. Durante o sequestro, que começou às 15h e durou quase três horas, 16 pessoas foram mantidas reféns.
Segundo as investigações, Bruno teria sido confundido com um policial à paisana pelo sequestrador Paulo Sérgio de Lima, de 29 anos.
Sequestrador estava em fuga
Antes do sequestro, o preso tinha duas passagens por roubo à mão armada. Ele também havia sido preso em 2019 e saído do sistema penitenciário em março de 2022. Segundo as investigações, Paulo Sérgio teria participado de um roubo a van e atirado contra traficantes da Rocinha, na Zona Sul, onde ele morava, no domingo (10). Os episódios resultaram na tentativa de fuga do homem para Juiz de Fora, em Minas Gerais, e, consequentemente, no sequestro ao coletivo.
No dia do incidente, imagens de uma câmera de segurança do guichê da Viação Sampaio, empresa responsável pelo ônibus sequestrado, registraram o momento em que o bandido comprou a passagem em dinheiro, faltando pouco mais de 40 minutos para o embarque.
O delegado Mário Jorge, titular da 4ª DP (Praça da República), responsável pelas investigações, detalhou a dinâmica. "Ao efetuar o pagamento da passagem, ele tirou um pacote de dinheiro e achou que chamou a atenção das pessoas que estavam no local que, na sua visão, eram policiais. Quando o ônibus estava saindo da rodoviária, houve uma falha mecânica. Então, o motorista pediu auxílio e saiu do coletivo. Neste momento, (o sequestrador) achou que 'policiais' iriam pegá-lo. No entanto, entraram passageiros e ele fez menção de entregar a arma, como se as pessoas fossem da polícia. Um deles se assustou, saiu correndo e foi baleado", disse.
Nesta quinta-feira (14), a Justiça do Rio manteve a prisão de Paulo Sérgio em audiência de custódia. O juiz Pedro Ivo Martins Caruso D'Ippolito converteu a prisão de flagrante para preventiva.
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