Rio - O cantor, compositor e baluarte da Mangueira Nelson Sargento (1924-2021) completaria 100 anos nesta quinta-feira (25). Para comemorar a data, o monumento do Cristo Redentor ganhará as cores verde e rosa, da escola do artista. Além disso, o Santuário Arquidiocesano realizará uma missa em homenagem ao ilustre mangueirense às 19h30.
A celebração contará com a presença dos filhos, netas e bisnetos do artista, além de representantes da Estação Primeira de Mangueira e do Vasco da Gama, time do coração de Nelson.
Durante a celebração, o filho do compositor, Ronaldo Mattos, vai apresentar o projeto cultural "Samba! Agoniza mas não morre - Nelson Sargento 100 anos", em parceria com a produtora e nora do sambista, Lívea Mattos. O projeto envolve quatro shows gratuitos que vão ocorrer na capital nos dias 6 de setembro, 5 de outubro, 23 de novembro e 30 de novembro.
Nelson Sargento é autor de músicas como "Prometo ser fiel", "Agoniza mas não morre", "Encanto da paisagem", entre outras. O compositor é considerado um dos maiores nomes da história da Estação Primeira de Mangueira, escola em que foi baluarte e presidente de honra até sua morte em 2021.
Em julho de 2022, Nelson deu nome à antiga Rua Projetada 1, prolongamento da Rua Visconde de Niterói até o encontro com a Avenida Bartolomeu de Gusmão, ligando Mangueira a São Cristóvão.
Antes de ficar verde e rosa, o Cristo Redentor será iluminado de azul nesta quinta-feira em uma ação de conscientização dos Bombeiros pela prevenção do afogamento.
Artista compôs primeira música depois dos 30
Ex-presidente de honra da Estação Primeira de Mangueira, o sambista morreu em 27 de maio de 2021, aos 96 anos, vítima da covid-19. Nelson estava internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Instituto Nacional de Câncer (Inca), onde era paciente desde 2005, quando foi diagnosticado e tratado um câncer de próstata.
Em seu último aniversário em vida, por conta da necessidade de isolamento, Nelson recebeu homenagens em formato de uma cantata virtual por diversos nomes que admiram o sambista.
Cantor, compositor, pesquisador, artista plástico, ator e escritor, o sambista nasceu na Praça XV e começou a se interessar por música na adolescência, mas só aos 31 anos fez seu primeiro sucesso.
Em 1955, escreveu com Alfredo Português "Primavera", samba-enredo da Mangueira que também ficou conhecido como 'As Quatro Estações'. Sua carreira começou a ter destaque no espetáculo musical "Rosa de Ouro", ao lado de Clementina de Jesus, Aracy Cortes, Paulinho da Viola, Zé Ketti, Elton Medeiros, Jair do Cavaquinho e Anescarzinho do Salgueiro.
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