Rio - A Polícia Civil concluiu o inquérito da morte da camareira Soraia Mendonça Castanheiro, de 51 anos, atropelada enquanto trabalhava em um motel de São Gonçalo, na Região Metropolitana. O motorista, Vilson Martins Gomes, de 74 anos, foi indiciado por homicídio culposo na condução de veículo automotor. O caso foi enviado ao Ministério Público (MPRJ).
Para a família, no entanto, a medida não é suficiente. Ao DIA, o filho mais velho da vítima, Matheus Mendonça Castanheiro, 29 anos, contou que o condutor não prestou nenhum apoio após o acidente. "Ele não tá nem aí e as autoridades também não. E por isso que está tudo dessa forma, cada um por si e Deus por todos. Só ficou eu e meu irmão aqui e nada foi feito por nós. Não tem Justiça nesse país", lamentou.
fotogaleria
De acordo com o advogado Alexsandro de Souza Pereira, a partir de agora a defesa aguarda a manifestação da promotoria. "O que posso dizer é que a conclusão do inquérito ainda não se deu por completo, pois o Ministério Público pode pedir novas diligências para fins de denúncia" explicou.
As investigações estão a cargo da 75ª DP (Rio do Ouro).
Relembre o caso
O caso aconteceu no dia 28 de junho deste ano no bairro Arsenal. Soraia estava varrendo o estacionamento do motel quando o carro, dirigido pelo idoso, entrou descontrolado no local, antes de a cancela abrir. A estrutura acabou acertando a cabeça da vítima, que ainda foi atropelada pelo veículo em seguida. A camareira chegou a ser socorrida e encaminhada em estado grave ao Hospital Estadual Alberto Torres, mas morreu três dias depois.
Na ocasião, o motorista foi levado por uma viatura do 7º BPM (São Gonçalo) à delegacia. No local, ele disse não se lembrar de como aconteceu o acidente. Acompanhado de seu advogado, Vilson explicou que só se recordava de estar deitado no chão, sendo socorrido por populares e negou ter ingerido bebida alcoólica.
Segundo a Polícia Civil, o suspeito realizou exame de alcoolemia, cujo resultado foi negativo. Em seguida, ele foi liberado. De acordo com testemunhas, havia uma mulher ao lado dele no momento do acidente, que teria fugido do local. No entanto, em depoimento, o idoso não citou a presença da passageira.
À reportagem não conseguiu contato com a defesa de Vilson. O espaço está aberto para manifestações.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.