Policiamento foi reforçado no entorno do Complexo da Pedreira após noite de tiroteioÉrica Martin/Arquivo O Dia

Rio - Moradores passaram por mais uma noite de terror, nesta quarta-feira (10), durante um tiroteio em Barros Filho, Zona Norte. Criminosos de facções rivais voltaram a se enfrentar em mais um episódio da guerra pelo controle de comunidades dos Complexos da Pedreira e do Chapadão. O confronto chegou a afetar a volta para casa dos trabalhadores, com a paralisação de trens. O policiamento está reforçado na região.
Segundo relatos, a troca de tiros ocorreu no Morro do Chaves, no Complexo da Pedreira. Confira abaixo. Por conta do confronto, os trens do ramal Belford Roxo chegaram a ficar paralisados, aguardando ordem de circulação, por cerca de 20 minutos, até poder retomar a operação. Há meses, a região sofre com a guerra entre traficantes do Terceiro Comando Puro (TCP) e do Comando Vermelho (CV). 
Apesar do tiroteio, não houve acionamento da Polícia Militar para o local e registro de feridos. Na manhã desta quinta-feira (11), o policiamento foi intensificado no entorno do Complexo da Pedreira e a circulação dos trens está totalmente normalizada. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação (SMS), as escolas da rede atendem presencialmente na manhã de hoje. 
Moradores sofrem com rotina de violência
Há meses, moradores do Complexo da Pedreira, dominado pelo TCP, vivem uma rotina de violência. No último dia 26, Woorserlay Marcio Pereira morreu ao ser baleado, durante um ataque de criminosos contra PMs na comunidade, que faziam buscas por envolvidos no assassinato de uma mulher, em uma tentativa de assalto na região, poucas horas antes. 
Atualmente, criminosos da Pedreira tem disputado o controle territorial com traficantes do Chapadão, controlado pelo CV. Em outubro, em mais um episódio da guerra, Marli Macedo, de 60 anos, e Elison Nascimento, 60, morreram baleados. As comunidades também têm sido alvos de ações da PM para coibir a movimentação dos bandidos. A violência chegou a fechar a UPA de Costa Barros por quase um mês, depois que bandidos invadiram a unidade em busca de rivais, sequestraram pacientes e ameaçaram funcionários.