Última apreensão da Policia Rodoviária Federal (PRF) mostra que os traficantes estão cadas vez mais fortes -  Divulgação PRF
Última apreensão da Policia Rodoviária Federal (PRF) mostra que os traficantes estão cadas vez mais fortes Divulgação PRF
Por O Dia
Rio - Quando a gente fala de crime organizado no Rio de Janeiro a gente não tá falando só em estrutura ou hierarquia... A gente está falando é de muito dinheiro.

A última apreensão da Polícia Rodoviária Federal (PRF) mostra isso. Em meio à pandemia e com operações policiais suspensas pelo STF, um carregamento de guerra quase chegou à Vila do Pinheiro, no Complexo da Maré.

Que “empresa” tem aí agora dinheiro e logística pra trazer do Paraguai de forma clandestina armas, entre elas, uma carabina M4?

O disparo de uma 7,62mm, por exemplo, pode atingir, mais ou menos, três quilômetros de distância, mas com "eficácia", letalidade em torno de 400/500 metros! Fura capacete à longa distância e com precisão.

Para quem não entendeu ainda... As facções que disputam território no Rio estão se fortalecendo de armas para deixar ainda mais refém as vítimas disso tudo, o morador da comunidade.

Quando tudo isso passar e as policiais forem autorizados a cumprirem seu papel de combate, infelizmente o tiroteio vai ser beeem maior.

Ninguém defende aqui ações sem planejamento, pelo contrário. É preciso pensar e prestar contas o tempo todo à população.  Mas falar em paz após a decisão do STF é acreditar em papai Noel.

Não é só a polícia que atira, as guerras em vários cantos do Rio na última semana mostram isso. A decisão, infelizmente não sensibiliza o traficante, que para de “guerrear” com o inimigo.

A apreensão mostra que tem muita gente fora da favela que fatura alto com isso. Quem fornece essas drogas e essas armas, quem faz ela chegar até aqui e quem lava o dinheiro sujo não mora na comunidade.

Estão armando literalmente uma bomba-relógio! Tentar desarmar depois vai ficar mais difícil e letal. Ou vocês acham que só esse carregamento está chegando às comunidades cariocas?

Para o morador não importa de onde parte a bala, seja do cano do bandido ou da polícia o medo de morrer é sempre o mesmo.

3,2,1... É DEDO NA CARA!
TÁ BONITO!
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Lembra da Érika Silva de Paiva, moradora de Caxias que procurou a coluna para ajudar o filho de 19 anos? Filipe precisava de uma declaração da Secretaria Estadual de Educação para poder começar a trabalhar.

Finalmente o documento chegou nas mãos dele! Na próxima segunda já começa a trabalhar, num supermercado.

“Só tenho a agradecer. Ele está muito feliz! Se não fossem vocês, eu não teria conseguido”, diz Érika.

Tá vendo? É mudança na vida das pessoas, às vezes com o simples de ser resolvido. 
Por isso, se você me perguntou se tá feio ou tá bonito... Pode até demorar, mas uma hora o sufoco acaba, e tenho dito!
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PINGO NO I
Vamos falar a real aqui? Alguém tem que bater o martelo nesse abre e fecha das escolas. Tem que decidir!

É lógico que salvar vidas é o mais importante nesse momento, mas a gente já cansou de falar aqui na coluna... Não dá pra dizer quem tá certo ou errado na situação. Todo mundo tem as suas razões! São pais que não estão em home-office e não podem deixar os filhos sozinhos ou com os avós, que são grupo de risco.

Só que essa enrolação toda cansa... Até as crianças já sentem o reflexo.
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Ou resolve de uma vez que vai abrir ou diz logo que vai ficar fechada até chegar a vacina. O que não dá é deixar o povo mais perdido do que já está, né?

Bora colocar o Pingo no I...
Cada um sabe onde seu calo aperta. É preciso acompanhar quem entende e, principalmente, o número de casos.